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bairros planejados

Jardim das Perdizes inaugurou tendência de megacondomínio em SP

Construído na Barra Funda, entre a Ponte da Pompeia e a avenida Marquês de São Vicente, o Jardim das Perdizes mudou o modelo de bairro planejado na cidade e inaugurou uma tendência no mercado imobiliário.

Lançado em 2013, em um momento de mercado imobiliário aquecido, o terreno oferecia grande potencial de valorização na visão da Tecnisa.

O grande espaço disponível, uma área de 250 mil metros quadrados que pertencia à Companhia Telefônica, e a localização próxima à estação de metrô e trem Barra Funda inspiraram a proposta de um complexo de uso misto e aberto em vez de mais um condomínio fechado.

No passado, os bairros planejados eram bolsões residenciais de alto padrão com ruas arborizadas e sinuosas (para dificultar o acesso ao local). Tratava-se do modelo de cidade-jardim implantado pela Companhia City no início do século 20 em São Paulo.

"Fomos a primeira construtora a trazer de forma concreta a integração entre moradia e trabalho, lazer e sustentabilidade, conforto e segurança", diz Gustavo Reis, gerente de marketing e ambientes digitais da Tecnisa, construtora responsável pelo projeto.

Desde então, com o impacto da crise no mercado imobiliário, o projeto lançou 13 das 28 torres previstas e tem cerca de 60% das unidades à venda.

A maioria dos prédios foi construída para uso estritamente residencial, mas há um edifício corporativo e outro de uso misto, com flats e escritórios. O espaço inclui hipermercado, padaria, lavanderia e sorveteria.

A Tecnisa construiu em 54% do terreno. Doou 20% para área verde (a Prefeitura exigia 15% como contrapartida) e o restante destinou à construção de vias públicas.

O projeto tem como epicentro uma praça de 70 mil metros quadrados, com 900 metros de pista de corrida. A iluminação pública é de led, e os cabos de eletricidade e de fibra ótica são subterrâneos.

"A região era predominantemente composta por galpões ou por edificações pequenas. Fizemos um estudo urbanístico de mobilidade e sustentabilidade", diz Reis, da Tecnisa.

A representante comercial Eduarda de Jesus Rocha Pinto, 62, mora em um imóvel de 205 metros quadrados no Jardim das Perdizes. Ela diz gostar da sensação de segurança.

"As ruas e a praça são monitoradas por câmeras. Uma viatura de segurança privada faz a ronda 24 horas. Aqui fico tranquila para andar na praça com minhas amigas", explica.

"Organizamos eventos para estimular o convívio das pessoas. O próximo será um piquenique na praça", diz o administrador Valdir Cardoso de Barros, 48, membro da Associação dos Moradores do Jardim das Perdizes e um
dos primeiros moradores do bairro.

Max Noé Neto, coordenador da Parhis (Coordenadoria de Parcelamento do Solo e Habitação de Interesse Social) diz que o conceito de bairro planejado não existe oficialmente e que o Jardim das Perdizes é um loteamento.

Ele reconhece, contudo, que o complexo da Tecnisa trouxe à tona um modelo de empreendimento de interesse social que está se multiplicando pela cidade.

A vantagem de um empreendimento desse porte para o desenvolvimento de São Paulo, segundo Noé Neto, é a maior contrapartida exigida das construtoras.

"Durante cinco anos, a Tecnisa é responsável pela manutenção dos equipamentos que disponibilizou. Depois, fica por conta da prefeitura."

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