Publicidade

zona leste

Casal troca a Lapa por vida entre amigos na Mooca

"Só sai de casa casando". Foi o que Érika Giannoccaro Yshiba, 39, ouviu de seus pais em 2005, de forma taxativa, quando seu então namorado, atual marido, Vinicius Furquim Yshiba, 39, foi aprovado em um concurso da Polícia Federal e teria de se mudar para Brasília.

O casamento aconteceu em abril de 2006, e após um breve período no Tatuapé, o casal mudou para Brasília, de onde ela não traz boas lembranças.
"Não gostei nada nada de lá. É tudo muito deserto. Não se veem pessoas nas ruas. Estava louca para sair", conta a professora de inglês, formada em letras pelo Mackenzie.

Alberto Rocha/Folhapress
Érika e Vinicius Yshiba com os filhos Lívia e André, no apartamento em que moram, na Mooca

E deu graças aos céus quando, em 2007, Vinicius conseguiu uma vaga em São Paulo. Formado em farmácia pela USP, ele veio assumir um posto de perito em criminalística na Polícia Federal.

O casal foi morar na Lapa, zona oeste. Gostou do bairro (que fica perto da sede da PF) e do apartamento que encontrou. Mas aí surgiram dois fatores que levaram à nova mudança de endereço.

Primeiro, devido à distância, as visitas dos familiares, que moram na zona leste, começaram a rarear e praticamente se extinguiram. Depois, vieram os filhos André, em 2009, e Lívia, em 2011.

O apartamento, apesar de agradável, ficou pequeno para a família. Foi a chance de o casal retomar suas raízes.

Os dois começaram então a procurar um prédio mais próximo dos familiares. E encontraram o que desejavam no Via Napoli, na região conhecida como Parque da Mooca.

Os 110 metros quadrados do imóvel satisfazem bem as necessidades da família. "Não tenho de que reclamar. Temos três quartos, a cozinha é grande Estamos bem melhor do que na Lapa", diz Érika.

O bairro também agrada muito ao casal. Na Lapa, diz ela, era mais fácil para ir ao trabalho. Mas, na Mooca, o marido, que nasceu ali, "sai pelas ruas e encontra um antigo amigo em cada esquina".

"Eu, que sou do Tatuapé, não vejo mais isso por lá. O bairro se verticalizou, a população mudou muito."

Em resumo, o percurso do marido ao trabalho ficou mais complicado, mas a vida social da família melhorou. "Além de termos esse comércio mais próximo de casa, ficamos mais perto dos parentes."

A aquisição do apartamento também parece ter sido um bom negócio. O casal comprou o imóvel ainda na planta, em 2011, por cerca de R$ 300 mil. Hoje, Érika diz que ele vale por volta de R$ 800 mil.

Publicidade
Publicidade
Publicidade