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Land Rover ganha o asfalto com nova geração do Evoque

Histórica fabricante de veículos off-road, a Land Rover se aproxima mais do mundo do asfalto. A tendência chega a novo patamar com o lançamento do Range Rover Evoque, apresentado em março, em Atenas, na Grécia.

Não que o carro não se dê bem nas estradas de terra, como a reportagem pôde comprovar nos dois dias em que testou o novo Evoque. Mas o objetivo principal é atender aos anseios de um público mais abrangente, que não pretende (ou não tem coragem) de colocar na lama um carro que custará por volta de R$ 300 mil no Brasil.

"Nos últimos dez anos estivemos em uma jornada de transformação. A Land Rover era uma empresa quase que especializada em carros 4x4. Uma das coisas que tentamos fazer foi mudar a percepção de marca", afirmou Gerry McGovern, diretor criativo da Land Rover e um dos responsáveis pelo design do Evoque.

A marca mantém seu DNA off-road adaptando tecnologias criadas para essas situações em busca de um rendimento melhor nas estradas. Um exemplo está no sistema de distribuição de torque que estreia com o novo Evoque. Por meio de sensores, ele identifica quanta potência cada uma das rodas precisa, evitando que girem em vão.

A tecnologia é útil nos terrenos acidentados, mas entra em ação também nas curvas em alta velocidade. A novidade, associada ao novo sistema de amortecimento, deixa o SUV mais silencioso e com uma direção mais confortável que a geração anterior.

Outro item que deve facilitar a vida do motorista é o sistema "Clearsight Ground View", que usa imagens de três câmeras (instaladas na grade dianteira e em cada um dos espelhos laterais) para mostrar o que está abaixo do capô e evitar que as rodas raspem no meio fio durante as manobras.

As imagens aparecem em uma das duas telas de LCD posicionadas na parte central do painel. Quase sem botão –há apenas três dials, um para o volume do sistema de áudio e dois para o ar-condicionado–, tudo é controlado por telas sensíveis ao toque.

Há outra tela de LCD no retrovisor, ligada a uma câmera posicionada no teto do carro e apontada para a parte de trás. A imagem em alta resolução dá um ângulo duas vezes maior do que é visto em um espelho convencional, além de evitar que objetos grandes no porta-malas cubram a visão.

Por fora, o novo Range Rover Evoque aparenta ter passado por poucas mudanças em relação ao antigo, lançado em 2011. Continuam lá elementos como a linha crescente de cintura e o teto caído na traseira, que se tornaram marcas registradas do modelo.

Os mais atentos, porém, vão perceber que as linhas laterais estão mais suaves, enfatizando o visual minimalista.

Segundo McGovern, houve uma dúvida no início do projeto. Os projetistas tiveram que escolher entre fazer algo completamente novo ou partir para a evolução de um design consagrado, que já era um sucesso global.
"A resposta do ponto de vista comercial era óbvia: temos que fazer uma evolução", afirmou o executivo, destacando que, ao longo dos oito anos existência do modelo, cerca de 800 mil unidades foram vendidas em todo o mundo.

"É fácil fazer algo novo a partir do que está na moda, mas é muito difícil pegar algo que já existe e fazê-lo de uma forma que aumente o seu apelo. Isso foi o que nos motivou ao desenvolver esse carro. Então, quando você olha, você reconhece: é um Evoque."

As diferenças mais perceptíveis estão nas lanternas dianteiras e traseiras, muito similares às doRange Rover Velar (assim como o painel interno), o que levou muitos a apelidarem o novo Evoque de "mini-Velar".

"Isso não é verdade", diz McGovern. "O Velar foi influenciado pela estratégia de design inaugurada pelo primeiro Evoque, como esse carro também foi", afirma.

Outra novidade é a implementação de um motor elétrico auxiliar de 48 volts, tornando o veículo um híbrido leve tanto em sua versão à gasolina quanto na opção com motor a diesel. Esse gerador ajuda a colocar o carro em movimento nas arrancadas, poupando combustível.

O sistema, porém, não estará presente nos modelos que chegarão ao Brasil no segundo semestre deste ano. Por outro lado, uma versão do novo Evoque com motor flex tem estreia prevista para 2020 no mercado nacional.

Diferentemente da linha anterior, a nova geração do carro não será montada na fábrica da Land Rover em Itatiaia (RJ). Todas as unidades serão importadas da Inglaterra. Hoje, o Evoque nacional custa a partir de R$ 234,5 mil.

O jornalista viajou a convite da Land Rover

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