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Cielo admite tensão e diz que acordou 2 vezes na madrugada antes da eliminatória

Cesar Cielo, 29, fez na manhã desta quarta-feira (20), durante as eliminatórias do Troféu Maria Lenk, o índice para os 50 m livre para os Jogos Olímpicos do Rio.

Na final da prova, durante a tarde, Cielo teve o índice superado por Ítalo Duarte, que junto com Bruno Fratus será o representante do Brasil na Rio-2016.

Tricampeão mundial e olímpico (2008) dos 50 m livre, Cielo venceu sua eliminatória com a marca de 21s99, seu melhor tempo no ano. Ele não nadava os 50 m livre abaixo de 22s desde abril de 2015, quando registrou 21s84 no Troféu Maria Lenk.

Ítalo Duarte foi o segundo melhor classificado, com o tempo de 22s16. Bruno Fratus, cuja marca da primeira seletiva (21s50) praticamente o garante nos Jogos do Rio, fez apenas o sexto tempo da eliminatória, 22s35.

Cielo é o sétimo melhor nadador da distância neste ano. O francês Florent Manaudou (21s42) e o australiano Cameron McEvoy (21s44) são os dois mais rápidos.

"Estava esperando um pouco mais. É difícil acordar e já nadar, já acordar disposto. Tive um pouco de dificuldade com o ar, mas se tivesse respirado talvez eu pudesse ter um final de prova melhor. Na final, vou voltar pensando em fazer 21s7, 21s6, fazer uma prova melhor e garantir essa vaga. Esse tempo não garante nada. A vaga tem que ser confirmada", disse Cielo, que admitiu ter ficado um pouco tenso antes do início da prova.

Ele relatou que acordou duas vezes na madrugada por causa do nervosismo.

Enquanto a série eliminatória com Cielo se desenrolava, outros nadadores que haviam acabado de nadar ou estavam na sala de controle se aglomeraram para ver a prova. Alguns chegaram a comemorar o índice do paulista.

"Hoje, já fiquei mais tenso. Gosto deste tipo de pressão. É o que a gente vive no esporte. Vivemos essa pressão em uma final de Campeonato Mundial, em uma final olímpica e agora estava numa posição super tensa em um Campeonato Brasileiro", acrescentou.

OS RIVAIS DE CIELO - Quem briga por vaga nos 50 m livre

100 M LIVRE

Na segunda-feira (18), Cielo havia obtido índice olímpico para os 100 m livre, com a marca de 48s97, nas eliminatórias, mas abdicou de disputar a final.

Ele, porém, detém somente o sétimo melhor tempo entre os brasileiros para a distância –Marcelo Chierighini e Nicolas Oliveira conquistaram o direito de nadar a prova individualmente.

O CICLO DE ALTOS E BAIXOS DE CIELO - Cielo e suas marcas na prova dos 50 m livre, na qual tenta vaga olímpica nesta quarta

ALTOS E BAIXOS DE CIELO

Cielo manteve-se no ápice por sete anos.

Sua primeira grande láurea em cenário mundial foi no Pan do Rio-2007, quando foi ouro nos 50 m e 100 m livre e no revezamento 4 x 100 m livre. No ano seguinte, sagrou-se campeão olímpico da prova mais rápida da natação em Pequim e, de 2009 a 2013, arrebatou o título mundial dela -também foi primeiro nos 100 m livre em 2009.

Nessa fase, quebrou os recordes mundiais das duas.

Sua baixa começou no ano passado, quando desistiu do Mundial de Kazan.

A permanência no topo entre os grandes atletas da natação varia muito. Maior medalhista olímpico em todos os tempos, o americano Michael Phelps colheu 22 pódios ao longo de 12 anos de Jogos, entre Sydney-2000 e Londres-2012. Ele deve vir ao Rio.

Já o auge do australiano Ian Thorpe foi bem mais curto. Disputou apenas duas Olimpíadas (2000 e 2004), nas quais obteve oito láureas.

Que esporte é esse? - Natação

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