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Com atraso no metrô, Rio elabora plano que tem restrição aos moradores

O plano B que a Prefeitura do Rio elaborou caso a linha 4 do metrô não fique pronta para a Olimpíada tem mais restrições aos moradores e novos feriados municipais.

A operação tiraria ônibus articulados da Transoeste e da Transcarioca, usados no dia a dia pelos cariocas, para atender ao público dos Jogos.

As faixas de trânsito da família olímpica também teriam de mudar, impactando vias importantes preservadas no plano inicial já divulgado.

Christophe Simon/AFP
Workers at the Nossa Senhora da Paz metro station, part of the still under construction Line 4 that will reach the Olympic Village, in Ipanema, Rio de Janeiro, Brazil, on January 19. 2016. AFP PHOTO / Christophe SIMON ORG XMIT: TOF1008
Operários trabalham em estação de metrô no Rio

Os impactos no trânsito e a redução de oferta de transporte público farão com que novos feriados sejam decretados durante os Jogos. O previsto até o momento, contando com a conclusão do metrô, são três dias livres.

A operação alternativa ainda não foi detalhada. Os organizadores ainda confiam que a União apoiará financeiramente a conclusão da linha 4 do metrô. A avaliação é que o presidente interino Michel Temer tem interesse no sucesso dos Jogos para capitalizar politicamente.

Formalmente, contudo, a solução ainda é pouco clara. O Rio depende do aval do Tesouro Nacional para contrair um novo empréstimo de R$ 989 milhões do BNDES, metade dele essencial para conclusão do trecho olímpico.

O governo federal, porém, não pode autorizar a operação de crédito porque o Rio, em grave crise financeira, está devendo uma parcela de um empréstimo internacional junto à Agência Francesa de Desenvolvimento.

Reuniões entre o secretário de Fazenda do Rio, Júlio Bueno, e representantes do Ministério da Fazenda não solucionaram a questão.

OPERAÇÃO

A linha 4 do metrô é essencial para o fluxo de torcedores para o Parque Olímpico, considerado o coração dos Jogos. Ela faz a ligação da zona sul, local de grande parte da rede hoteleira, e o início da Barra. O trajeto da última estação até as arenas será feito com ônibus articulados, os chamados BRTs.

Na solução alternativa, os BRTs passariam a trafegar até a zona sul. Para atender aos 16 quilômetros adicionais, seria necessário deslocar veículos que trafegam nas zonas oeste e norte. Não há tempo para comprar mais carros.

No plano já divulgado, ônibus articuladas farão o trajeto até a zona sul durante a madrugada, quando o metrô não funcionará de maneira plena. Para isso, oito plataformas serão instaladas na região para o desembarque.

As estruturas temporárias não estão adaptadas para o embarque. Para isso, precisarão de roletas e fechamento das estações da zona sul.

A faixa de trânsito dedicada a atletas, árbitros e organizadores entre São Conrado e a zona sul também teria que mudar. Ela passaria da avenida Niemeyer para a estrada Lagoa-Barra, que permite o tráfego de ônibus articulado. A mudança geraria mais congestionamentos.

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