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Aliado de Nuzman, diretor da Vila Olímpica sobrevive a nova crise

O diretor da Vila Olímpica, Mario Cilenti, reapareceu nesta segunda-feira (1) após ser afastado da solução dos principais problemas dos apartamentos dos atletas.

Mantido no cargo apesar das falhas na gestão do local, o argentino-canadense sobrevive pela segunda vez a crises no comitê organizador da Olimpíada. A primeira rendeu uma condenação de pagamento de indenização de R$ 150 mil por danos morais.

Ricardo Borges/Folhapress
Mário Cilenti posa para foto em frente à Vila Olímpica
Mário Cilenti posa para foto em frente à Vila Olímpica

Cilenti chefiava o setor de tecnologia da informação quando funcionários foram acusados de copiar programas da organização dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 sem autorização.

Nove foram demitidos por, segundo o comitê, terem agido por conta própria.

Dois deles processaram o comitê na Justiça Trabalhista. Eles alegam que cumpriam ordens superiores e que todos os chefes eram informados sobre os arquivos gravados.

Bruno Olivieri de Souza conseguiu em segunda instância uma indenização de R$ 150 mil.

Renata Santiago também processa o comitê. Cilenti era esperado na audiência de instrução nesta segunda para depor como testemunha, mas não compareceu.

Ele estava na Vila Olímpica, onde pela primeira vez participou de um hasteamento da bandeira –cerimônia oficial de recepção feita com cada um dos 205 países que participam da Olimpíada.

Ele evitou falar com a imprensa. Afirmou apenas que seguia no comando da Vila.

"Claro que continuo [como diretor]. Eu não estou aqui agora?", disse, questionado por jornalistas sobre o seu afastamento após série de problemas envolvendo a Vila Olímpica durante a chegada das primeiras delegações.

Cilenti e Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê organizador, fortaleceram seus vínculos nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata-95.

Ele participou da organização das últimas quatro edições do Pan. Com grande influência no movimento olímpico da América Latina, assumiu a gestão de projetos e planejamento do Pan-07, no Rio. Participou da candidatura do Rio para sediar a Olimpíada e ganhou cargo no comitê organizador.

De perfil discreto e avesso aos holofotes, Cilenti é conhecido como "Golden Boy" dentro do comitê, por seu trânsito no meio olímpico.

Ele também foi colocado na Odesur (Organização Desportiva Sul-Americana) por Nuzman, que também dirige a entidade.

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