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Passagem da tocha por Cabo Frio tem sete presos e faixas contra a corrupção

A passagem da tocha olímpica por Cabo Frio, no litoral do Estado do Rio, na noite desta segunda (1°), foi marcada por protestos e confusão.

Desta vez, os manifestantes não conseguiram apagar a chama, mas sete pessoas foram presas após confusão que fez a polícia usar bombas de gás e spray de pimenta.

A cidade não era uma das 20 que tinham "apagaços" marcados nas redes sociais. Um levantamento feito pela Folha mostrou que nove dos 12 municípios fluminenses por onde o símbolo vai passar antes de chegar à capital contam com manifestações políticas anunciadas na internet.

Em Cabo Frio, o primeiro obstáculo foi uma manifestação conjunta de professores do Estado e servidores municipais da saúde, organizada pelos sindicatos das categorias. Segundo a imprensa local, o grupo impediu que a tocha saísse do comboio e os primeiros condutores caminharam de mãos vazias.

Os profissionais empunhavam faixas pretas com os dizeres "welcome to chaos" (Bem-vindo ao caos), "corruption is a cancer" (Corrupção é um câncer) e "Alair Caloteiro". Esta última fazia referencia ao atual prefeito de Cabo Frio, Alair Correa (PP).

Depois, outra confusão começou por volta das 19h30, quando cerca de dez punks deitaram no trajeto da tocha, atrasando o cortejo. Eles gritavam palavras de ordem como "Não vai ter tocha" e mostravam cartazes contra a Olimpíada.

Segundo testemunhas, policiais militares tentaram negociar com os manifestantes para que saíssem da rua. Sem êxito, o Batalhão de Choque dispersou os manifestantes com gás e deteve sete deles por desacato, segundo a imprensa local.

Procurado pela Folha, o Comitê Rio-2016 minimizou os problemas durante o evento e disse que houve apenas "uma pequena manifestação". A reportagem tentou ouvir a polícia local, mas não teve retorno.

Após os protestos, a tocha chegou em segurança à tradicional praia do Forte e vai pernoitar em um hotel da cidade. Amanhã, o símbolo chega à região metropolitana do Rio, onde os protestos podem se intensificar, de acordo com os eventos já marcados pelas redes sociais.

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