Pela primeira vez na história, o Brasil chega aos Jogos com uma equipe completa na ginástica masculina. Nos últimos quatro anos, a prioridade foi trabalhar para conseguir classificar o time. Agora que a Olimpíada começa, entretanto, o desempenho da seleção se torna algo secundário.
"Não estamos aqui competido [por equipes] com o Japão. Classificar por equipes vai ser difícil. Nós optamos em montar uma equipe para tentar o maior número possível de finais e medalhas, afirma Renato Araújo, técnico da seleção masculina de ginástica.
Na prática, isso explica a escolha do experiente ginasta Diego Hypolito, 30, que tem chances remotas de conquistar o pódio no solo ou no salto, suas especialidades.
Os membros da comissão técnica também esperam que Arthur Zanetti consiga uma medalha, independente da cor.
"Temos três aparelhos descobertos", comenta Araújo. Na competição classificatória deste sábado (6), em que o time brasileiro começa a competir às 10h30 nas argolas, o Brasil vai se apresentar com três atletas no cavalo com alças, nas barras paralelas e na fixa.
Como são três notas que contam para decidir quem vai à final, não há espaço para erro. "É um risco que estamos correndo. Com quatro em cada aparelho ficaria muito mais fácil. Neste caso sempre pode haver um erro", afirma Araújo.
Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
Os atletas que fazem todos os aparelhos sabem que terão uma pressão a mais.
"Agora é uma situação diferente de quando estávamos tentando classificar o time. Eu tenho que ir muito bem em todos porque há três aparelhos em que não temos margem para erro", afirmou Arthur Nory.
O Brasil estará com quatro ginastas nas argolas, no salto e também no solo. A equipe nacional conta também com Francisco Barreto, Arthur Nory e Sergio Sasaki.
Na avaliação da comissão técnica "é difícil, mas não impossível" passar para a final, o que seria um feito inédito para a ginástica brasileira, quase com sabor de medalha.
"Sabemos da dificuldade, mas se chegarmos à final vamos comemorar muito", afirma o treinador Araújo.
Estando ou não na final, o time brasileiro vai assistir aos japoneses serem desafiados pelos chineses na briga pela medalha de ouro por equipes.
O time japonês, além de atletas fortíssimos em todos os aparelhos, tem o super campeão Kohei Uchimura.
Ele vem dizendo que mais importante do que entrar para a história individualmente, sendo bicampeão olímpico da competição individual geral, é ajudar o seu time a conquistar o maior número de medalhas no Rio.
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