Falta metade do caminho, e o Brasil tem cerca de 20% das medalhas que devem ser necessárias para cumprir a meta na Olimpíada do Rio.
O objetivo traçado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) é colocar a delegação no top 10 do quadro geral pelo total de pódios. Até a manhã deste domingo, cinco medalhas estavam garantidas: um ouro, uma prata e três bronzes, sendo que um deles pode mudar de cor – Robson Conceição ainda disputará a semi no boxe.
O país estava em 25º lugar no quadro geral pelos critérios da entidade —com a medalha do boxe, seria 21º.
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Comparação entre posição do Brasil nas Olimpíadas de Londres-2012 e Rio-2016, considerando o total de medalhas conquistadas |
Usando o desempenho em Londres-2012 como comparação, o Brasil parece estar em situação delicada na busca da meta. Precisa contar com os pódios mais prováveis e torcer que mais promessas como Felipe Wu, prata no tiro, tornem-se concretas.
"Não vamos falar em meta agora. Vamos deixar a equipe trabalhar e fazer um balanço no fim", disse Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do COB.
Na metade dos Jogos de 2012, a delegação tinha seis pódios: um ouro, uma prata e quatro bronzes. Naquele evento, o judô conseguiu quatro láureas, e a natação, duas.
Agora, os tatames, considerados carros-chefe da delegação, não produziram tanto (um ouro e dois bronzes), piorando o resultado em casa. A meta da confederação brasileira era melhorar em relação a 2012, na quantidade ou na qualidade dos pódios.
Quatro anos atrás, a natação conseguiu com Thiago Pereira a prata e com Cesar Cielo a medalha de bronze.
Com o fim das disputas do judô, a vela e os vôleis passam a ser as principais apostas para medalhas.
No mar, há três chances de pódio reais. Robert Scheidt. Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais da 49er FX, e Ana Barbachan e Fernanda Oliveira.
Os times de vôlei e vôlei de praia continuam entre os candidatos à medalha.
O boxe ainda pode render duas medalhas, com Michel Borges (até 81 kg) e Robenilson de Jesus (até 56 kg).
O atletismo também tem duas apostas principais: Fabiana Murer (salto com vara) e Érica Sena (marcha atlética). O revezamento 4 x 100 m rasos feminino vinha correndo bem neste ciclo, mas passou por altos e baixos.
Isaquias Queiroz, da canoagem, entra na mesma categoria de Wu, de atletas que cresceram neste ciclo e viraram promessa. Ele disputará três provas, duas individuais.
Em Londres-2012, os décimos colocados no quadro de medalhas por total de pódios foram Coreia do Sul e Itália, com 28 medalhas cada um.
Se na primeira metade dos Jogos a delegação brasileira mostrou algumas boas promessas e tropeçou em esportes tradicionais, nos últimos dias, os atletas vão precisar acertar o alvo.