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Doda diz que Jogos o ajudaram a superar divórcio e se diz forte psicologicamente

A Olimpíada do Rio ajudou o cavaleiro brasileiro Doda Miranda, 43, a superar o divórcio com Athina Onassis, única neta e herdeira do bilionário grego Aristóteles Onassis (1906-1975), iniciado no fim do ano passado.

Segundo o cavaleiro, o momento mais difícil da separação ficou para trás e ele chega psicologicamente mais preparado do que antes para o primeiro dia de qualificação da prova de salto, que começa neste domingo às 10h.

"A Olimpíada do Rio é uma coisa tão forte que foi uma das coisas que mais me ajudou a superar tudo. Eu me vejo hoje muito mais forte psicologicamente do que antes e foi importante eu ter passado por isso", disse Doda.

Danilo Verpa/Folhapress
SAO PAULO - SP - 18.07.2016 - Doda Miranda. Apresentacao da Selecao Olimpica de Atletismo que ira representar o Brasil nos Jogos Olimpicos Rio 2016. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, ESPORTR) ORG XMIT: SELECAO OLIMPICA DE HIPISMO
Doda Miranda durante apresentação para os Jogos Olímpicos do Rio

Uma das preocupações das pessoas que acompanham a equipe nacional era que, com o divórcio, Doda ficasse sem sua montaria, o cavalo garanhão Cornetto K. O cavaleiro brasileiro, porém, negou essa possibilidade.

"O cavalo é meu e dela", disse Doda, acrescentando que a ex-mulher não deve assistir à Olimpíada no Rio. "Ela participa atualmente da temporada europeia, com outros cavalos. Então eu acho que não vem".

Cornetto K foi comprado em outubro do ano passado. O animal passou a ser usado pelo cavaleiro, em competições, a partir de janeiro, na Flórida. Depois de altos e baixos, ele afirma que se sente muito bem com o cavalo.

"Eu vejo ele com uma qualidade tão boa quanto o Aspen, que estava comigo nas medalhas em Atlanta e Sydney. A única diferença é o tempo de conjunto. Mas me sinto bem entrosado", disse.

Doda completa no Rio 20 anos de Olimpíadas. A primeira foi em Atlanta-1996. De lá para cá, brasileiro se considera mais experiente e em boa forma física num esporte em que cavaleiros disputam até o 60 anos.

"A gente tem essa vantagem de poder trocar os cavalos. É como se um jogador de futebol pudesse entrar em campo com 50 anos de experiência, mas num corpo de um garoto de 20 anos", diz o cavaleiro.

Ele se tornou o nome mais conhecido na equipe brasileira de salto após o cavaleiro Rodrigo Pessoa, 43, ser colocado na reserva pelo técnico George Morris, 78. Mais tarde, Pessoa abriu mão da vaga de reserva.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

Pessoa foi colocado na reserva porque seu cavalo Ferro Chin, que vinha sendo preparado para a Rio-2016, passou por uma cirurgia, O outro cavalo, chamado Status, não vinha tendo resultados muito convincentes.

Para Doda, a presença de Rodrigo Pessoa faz falta em qualquer equipe de salto do mundo "desde que esteja com um cavalo a altura". E sua ausência seria uma mostra de que o nível do esporte no Brasil melhorou.

​"Nas Olimpíadas de Atlanta e Sydney a gente era quase que recrutado. Era aquela coisa de 'você tem que ir'. Hoje fica cada vez mais difícil para todos nos conseguirmos uma vaga", afirmou o cavaleiro brasileiro.

O Brasil tem como principais rivais na modalidade Alemanha, Estados Unidos, França, Holanda e Inglaterra. O pais tem condição de ficar entre os seis melhores do mundo, segundo ele. E competir em casa seria algo favorável.

"Competir em casa é a melhor coisa do mundo. A gente não está acostumado a competir dentro de casa. A gente salta na Europa todo final de semana, na casa dos outros. A sensação no avião de saber que você vai sentir o calor da torcida é muito especial", disse.

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Brasileiros na Rio-2016

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