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Reação ao ataque contra Força Nacional já matou quatro e feriu cinco no Rio

Seis dias após o ataque ao veículo da Força Nacional resultar na morte do soldado Hélio Andrade, 35, as polícias do Rio de Janeiro realizaram, nesta terça nova operação na Vila do João, favela da zona norte da cidade.

Em duas operações —a primeira foi na quinta, 11— houve quatro mortes, cinco baleados e três presos, todos acusados de associação ao tráfico de drogas. Nenhum deles, porém, tinha mandados de prisão emitidos pela Justiça por participação na emboscada aos agentes da Força.

Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Civil realizou uma operação na Vila do João para cumprir mandados de prisão contra os traficantes Thiago da Silva Folly, o TH, 27, e Alexandre Ramos do Nascimento, conhecido como Pescador, 28. Ambos são, segundo a polícia, integrantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP) e seriam os responsáveis pela emboscada contra os dois soldados e um capitão da Força Nacional, na última quarta-feira (10).

Marcos Martins/Folhapress
LIVE Três policiais da Força Nacional foram baleados por traficantes de drogas, na tarde desta quarta (10), ao entrarem por engano na favela Vila do João, no Complexo da Maré, zona norte do Rio.Eles foram socorridos e levados para um hospital da região. O estado de saúde não foi divulgado e nem os nomes divulgados. Um é capitão e os outros dois soldados. Todos do Norte e Nordeste do país
Ataque a carro da Força Nacional deixa um morto

Nenhum dos dois criminosos foi encontrado pela polícia. Desde às 3h, um helicóptero da polícia começou a sobrevoar a comunidade da Vila do João. Pouco depois das 6h, agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE) entraram na favela e logo entraram em confronto com criminosos armados. Quatro homens foram baleados. Três deles não resistiram aos ferimentos e morreram.

Já João de Souza da Silva Neto Junior, 24, levou um tiro na perna e foi encaminhado para atendimento médico. Preso em flagrante, ele responderá por associação com tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Segundo a Polícia, as buscas aconteciam a poucos metros do local onde o veiculo foi alvejado há uma semana (10), quando os agentes entraram em confronto com um grupo de oito criminosos armados.

Na ação, outras três pessoas também foram detidas, entre eles Lusinaldo Gomes, 24, acusado de ligação com o tráfico de drogas. Roberlan Bruno Pereira da Silva, 26, foi abordado quando circulava em um veículo roubado, sendo preso em flagrante pelo crime de receptação. Contra Roberlan, já havia um mandado de prisão por roubo.

Ao todo foram apreendidas três pistolas e munição, carregadores de fuzis, veículos roubados e diversos tipos de droga, inclusive LSD. Parte da droga tinha símbolos olímpicos impressos na embalagem.

Na manhã da última quinta-feira (11), policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da Polícia Federal já tinham realizado uma incursão, na qual quatro homens entre 18 e 32 anos foram baleados. Na ocasião, Igor Barbosa Gregório, 23, morreu com um tiro na cabeça.

A Polícia confirmou que os suspeitos pelo ataque à Força Nacional seguem foragidos, e que as buscas continuarão.

Ministro da Justiça acompanha a investigação

O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, elogiou a operação no início da tarde de hoje, em entrevista coletiva na Cidade da Polícia. "Foi uma investigação rápida e inteligente que levou à identificação dos autores deste crime covarde", disse.

Moraes ainda afirmou que, com a retirada do projétil que vitimou o soldado Hélio Andrade, serão feitos exames de balística para comparar se o tiro foi disparado por uma das três armas apreendidas.

Ele ainda prometeu que o Ministério da Justiça vai dar "todo o apoio logístico e operacional para o combate ao contrabando de armas e ao narcotráfico no país". No pacote, informou que dois decretos serão baixados a fim de facilitar ações contra o narcotráfico. Um deles permitirá que o armamento pesado apreendidos pelos policiais em ações de combate ao tráfico sejam transferido com maior facilidade e agilidade para a polícia.

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