O nadador norte-americano Ryan Lochte, 32, disse que não retornará ao Rio de Janeiro para prestar depoimento à Justiça depois de ter sido indiciado por falsa comunicação de crime durante os Jogos Olímpicos, neste mês.

Ele mentiu sobre suposto assalto do qual teria sido vítima em um posto de gasolina, depois de sair de uma festa na cidade –com outros três compatriotas, após encerradas as provas de natação.

"Eu não vou voltar", disse Ryan Lochte a um repórter que o encontrou no Aeroporto Internacional de Los Angeles, de acordo com informações são do site "TMZ".

O Ministério Público deve convocá-lo para novo depoimento no Brasil. Mesmo se Lochte, dono de 12 medalhas olímpicas, não retornar ao Rio para depor em possível audiência, o caso continuará sem que ele seja ouvido. O nadador afirmou que não acredita que a única láurea obtida no Rio, no revezamento 4 x 200 m livre (ouro), seja cassada. O Comitê Olímpico Internacional investiga o caso.

Além da abordagem no aeroporto, Lochte também concedeu entrevista à rede de televisão ABC, para a qual contou que "mentiu sobre uma parte" na história.

"Eu tenho minha responsabilidade e cometi um erro, um erro muito grande. Horas depois do incidente, isso não é uma desculpa, mas eu ainda estava bêbado, continuava emocionalmente abalado porque apontaram uma arma para mim. Eu sou humano, eu cometi um erro", disse.

Ele rechaçou ter depredado o banheiro do posto de gasolina, como mostraram imagens de câmeras de segurança. "Eu nunca entrei no banheiro. A história (...) é mentira, nunca aconteceu".