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Atletismo ultrapassa número de pódios de Londres-12 e carrega Brasil na Rio-16

Restando ainda cinco dias e meio de competições, o atletismo paraolímpico brasileiro já ultrapassou na Rio-2016 o número de pódios registrado em Londres-2012.

Nesta terça (13), com a conquista de mais quatro medalhas (um ouro, duas pratas e um bronze), chegou a 21 (sete de ouro, nove de prata e cinco de bronze). Na Inglaterra, foram 18 (sete ouros, oito pratas e três bronzes).

Já é o melhor desempenho nacional do esporte –que engloba disputas de pista (corridas) e campo (saltos, arremessos e lançamentos)– na história da Paraolimpíada, superando qualitativamente Nova York/Stoke Mandeville, em 1984 (21 medalhas, sendo 6 de ouro, 12 de prata e 3 de bronze).

Ricardo Moraes/Reuters
Com recorde paraolímpico, Brasil conquista ouro no revezamento 4 x 100 m
Brasileiros comemoram ouro no revezamento 4 x 100m, nesta terça (13)

Com esse avanço, o atletismo, no duelo dos esportes mais nobres dos Jogos, desbancou a natação e tornou-se o carro-chefe do Brasil na tábua de medalhas da Rio-2016.

Em Londres, a natação superou o atletismo no total de ouros: 9 a 7.

"O atletismo continua crescendo e, junto com a natação, sempre foi o carro-chefe. Mas não há disputa [entre as modalidades], o importante é crescermos juntos e no final contar as medalhas e fazer a festa", afirmou o velocista Felipe Gomes, um dos membros do revezamento campeão.

Uma das razões para a mudança agora é a queda na performance de Andre Brasil.

Dono de três ouros em 2012, o nadador de 32 anos não faturou nenhum até agora depois de disputar três provas. Ganhou um bronze e uma prata -esta última nesta terça, na final dos 100 m livre na categoria S10 (para deficientes físicos com menor nível de comprometimento).

"Saio em parte feliz, um pouco decepcionado", disse após a prova. "Achei que iria nadar um pouco mais rápido."

FUNDAMENTAL PARA A META

O atletismo tem sido vital para a pretensão do Comitê Paralímpico Brasileiro de encerrar os Jogos entre os cinco primeiros colocados, pelo número de ouros. O país está justamente em quinto lugar. Austrália e Nova Zelândia são os concorrentes mais próximos: sete ouros cada um.

Dos dez ouros do Brasil até esta terça, sete tinham sido do atletismo.

Ciro Winckler, coordenador técnico do atletismo paralímpico do Brasil, deu uma explicação para o sucesso: "O atletismo se planejou para não depender de poucos atletas. Temos a melhor distribuição de medalha por atletas de todos os tempos, associada a muito planejamento e meritocracia".

Subiram ao lugar mais alto do pódio no Engenhão: Petrúcio dos Santos (100 m), Daniel Martins (400 m), Alessandro Rodrigo Silva e Claudiney dos Santos (ambos no lançamento do disco, em categorias diferentes), Ricardo de Oliveira (salto em distância), Shirlene Coelho (lançamento do dardo) e o revezamento 4 x 100 m (para deficientes visuais).

Na Rio-2016, duas medalhas douradas vieram da natação, com o supercampeão Daniel Dias (são 12 os ouros entre as 20 medalhas que ele tem em Paraolimpíadas), e uma da bocha.

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