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Filme transex lidera venda de canal gay no Brasil
SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
Sexo com travestis é o campeão de audiência do For Man, único canal erótico gay do país, disponível na Net e Sky. Dos 20 filmes mais comprados em 2007, de forma avulsa, 18 possuem temática transexual.
Entre os títulos mais adquiridos neste ano, estão "Eu, meu marido e uma boneca", "Bonecas Devassas", "Bonecas do Funk", "Bonecas do Gang Bang" e "Adivinha o que ela tem".
O perfil dominante de quem vê o For Man é um homem, entre 25 e 35 anos, que mora sozinho e se diz bissexual. O canal informa ter cerca de 20 mil assinantes mensais, um número bem abaixo da previsão otimista feita na sua estréia (50 mil), em março de 2005.
Divulgação |
Estrela de "Bonecas do Funk", Paty Bionda reclama do valor baixo do cachê do mercado |
Para 2008, o canal divulga uma previsão de conquistar mais 10 mil assinantes. A título de comparação, o canal Sexy Hot tem mais de 180 mil assinantes.
"O canal não tem planos de modificar sua grade com programas de entretenimento ou jornalísticos. Por enquanto, o foco é a exibição de filmes", diz Maurício Paletta, diretor da Playboy do Brasil Entretenimento, que oferece o For Man, além do Sexy Hot e Playboy TV.
A partir desta quinta-feira, o canal inicia uma campanha de marketing em 30 bares e restaurantes de São Paulo. Serão distribuídos folhetos, pôsteres e camisinhas.
Funk
Uma das estrelas de "Bonecas do Funk", Paty Bionda, 25, diz que seu filme faz sucesso porque alimenta as fantasias de gays enrustidos e casais ("Há homens que gostam de ver um travesti pegando sua mulher, mas isso eu não faço") e também reflete a realidade dos bailes de funk.
"Há muita curiosidade sobre o que rola em baile funk. No filme, são quatro travestis e três atores pornôs. O diretor pediu que a gente fizesse só a posição passiva nas cenas."
Paty reclama do valor dos cachês. "Há uma produtora brasileira que oferece só R$ 400 por filmagem, enquanto os americanos chegam aqui e pagam entre R$ 3.000 a R$ 5.000. Só trabalho com cachê acima de R$ 1.000."
Podcast
Ouça conversa com o blogueiro Hallan Moulin, do Xpoise.net, sobre gays e transporte público.
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