Desgaste
no trabalho traz distúrbios psíquicos a médicos
Os médicos
são os profissionais que mais suicidam. Também são
a segunda categoria que mais bebe, perdendo apenas para os jornalistas.
Os dados são resultado de uma pesquisa realizada com cerca
de 300 médicos do Hospital Universitário Pedro Ernesto,
no Rio. 72,7% dos entrevistados possuem algum distúrbio psíquico.
O levantamento, coordenado pelo médico de trabalho e professor
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Luiz Roberto Tenório,
comparou a medicina com outras quatro profissões (advocacia,
engenharia, jornalismo e professor de ensino médio).
Outro estudo
coordenado por Tenório, no mesmo período, com 200
médicos plantonistas revela dados preocupantes: 60% disseram
sofrer de insônia, 40% afirmaram tomar tranqüilizantes
e 38% contaram que sofriam de impotência em momentos de crise
no trabalho. Os resultados das pesquisas serão reunidos e
publicados no livro A Saúde do Profissional de Saúde,
que deverá ser lançado em julho.
Os distúrbios
dos profissionais começam a preocupar entidades que representam
a categoria e virar tema de debate em congressos médicos
sobre doenças e tratamentos. Um exemplo foi a palestra Cuidado
dos Cuidadores, realizada pelo psiquiatra Luiz Carlos Osório,
no 6.º Curso Internacional sobre Diagnóstico Mamário,
ocorrido no Rio este mês. Osório lidera uma clínica
no Rio Grande do Sul que dá consultoria para hospitais para
melhorar a qualidade de vida dos médicos. O psiquiatra explica
que, para tentar resolver o sofrimento médico é preciso
mudar as relações dentro dos hospitais.
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