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Dia 09.07.00
 

 

Indicação influencia na conquista do emprego

A indicação é tão importante na seleção de um candidato que hoje as empresas já estão oficializando esse recurso.

Há empresas brasileiras nas quais os contatos foram responsáveis pelo preenchimento de 60% a 75% das vagas. Tentando afastastar o estigma de favorecimento, o objetivo é formar times competentes, principalmente em áreas novas, tais como tecnologia e telecomunicações.

As indicações não garantem, contudo, estabilidade para o trabalhador. As empresas precisam, por sua vez, avaliar se não haverá desgaste no ambiente de trabalho por conta de eventuais apadrinhamentos e tolerância ao erro.


(Folha de S.Paulo)

 

 
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Indicações preenchem até 75% das vagas

Você torceria o nariz se soubesse que o colega de trabalho do seu lado foi contratado por indicação de alguém da empresa? Apesar da reação negativa ser comum, o conhecido Q.I. ("quem indicou") é um reforço que ainda influencia muito na hora da contratação.

Tanto é que hoje as empresas estão oficializando esse recurso para afastá-lo da pecha de "politicagem" e "apadrinhamento".

"Os contatos pessoais valem tanto que, entre um bom profissional desconhecido e um não tão bom, mas que possui referências, há empresas que preferem o último", afirma Gérson Correia, sócio-diretor da DBM do Brasil.

Para ratificar a importância de ter um "pistolão", não só no Brasil, o consultor cita um dado de uma pesquisa recente da DBM mundial, com 20 mil empresas, das quais 580 são brasileiras: "Nos últimos quatro anos, entre 60% e 75% das vagas foram preenchidas por meio de contatos".

Segundo pesquisa do Grupo Catho, feita com 1.356 executivos em todo o país, as recomendações de amigos de dentro e de fora da empresa totalizam 48% das respostas. "A indicação é usada sobretudo para montar equipes nas áreas de tecnologia e telecomunicações, que necessitam de pessoal especializado", avalia a vice-presidente Adriana Gomes.

Para evitar dúvidas sobre a lisura da seleção e a competência do candidato e acabar com o estigma impositivo da indicação, algumas empresas fazem questão de que o processo de recrutamento seja transparente e às vezes até omitem o grau de parentesco ou amizade do candidato até a entrevista.

"A filosofia mudou porque as empresas estão mais interessadas em potencial do que em troca de favores", afirma Eliana Jorge Castrucci, da Plus Consulting RH.

A consultora, que trabalhou há alguns anos no RH de um grande banco, conta como era antes: "Havia o que chamávamos de DPA ("departamento de protegidos e apadrinhados'). Quando surgia vaga, tínhamos de recorrer a esses candidatos, que nem sempre eram bem qualificados".

Muitas empresas estão abrindo aos próprios funcionários a chance de recomendar amigos ou parentes para as vagas disponíveis.

A iniciativa foi adotada em janeiro pelo laboratório Aventis Pharma, que informa os profissionais em primeira mão sobre as oportunidades. "Cerca de 40% dos postos têm sido preenchidos por indicação", afirma Regina Oliveira, coordenadora de recrutamento e seleção.

Segundo ela, por precaução, quando há parentes envolvidos, a empresa opta por deixar a informação incógnita nessa fase para não atrapalhar o recrutamento.

Na Paper Express, empresa de artes gráficas, os 60 empregados são parentes ou amigos e quase todos vieram por indicação.

O gerente administrativo Charles Luiz de Azevedo, 25, é recordista. A noiva, a irmã e dois cunhados são seus colegas de trabalho. Ele próprio foi recomendado por uma amiga. "A postura tem de ser imparcial. Só indico quem conheço bem, para não prejudicar a minha imagem."

(Thais Abrahão - Folha de S.Paulo)

Para ler mais:
(acesso restrito a assinantes UOL ou Folha)

 

 
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