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Dia 15.10.01

 

 

Um em cada três latino-americano vive com menos de R$ 6 dia

Um em cada três latino-americano vive com menos de US$ 2 por dia. Atualmente existe 170 milhões de pessoas na América Latina. Em praticamente todos os países da região aumentou a concentração de renda na última década, reduzindo o impacto favorável do crescimento sobre a pobreza. Durante a década de 90, o crescimento econômico foi de apenas 3,3% anual, apesar de uma conjuntura econômica mundial relativamente benigna. Com isto, a renda média da população subiu apenas 1,5% ao ano. Nos países asiáticos a taxa anual foi de 3,5%.

Um século. Este é o tempo estimado para que um latino-americano tenha o mesmo nível de renda de um cidadão de país desenvolvido. Um das causas dessa defasagem é a baixa taxa anual de crescimento das economias dos países da América Latina. A redução da renda nos últimos 10 anos e acentuação do desequilíbrio na distribuição das riquezas estão gerando uma concentração ainda maior nas mãos de uma minoria. O mais grave é que a tendência é piorar.

Haveria menos 45 milhões de miseráveis se a distribuição de renda tivesse se mantido inalterada (ainda que injusta) na última década. E 80 milhões de pessoas a menos vivendo em miséria extrema se a renda per capita tivesse subido 3,5%, em vez de 1,5%. O pior é que a expansão econômica da região este ano será, com sorte, de 1%. E, em 2002, na melhor hipótese, será de 2%", lembrando que os atentados de um mês atrás tornaram as perspectivas ainda mais negativas.

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América Latina um século atrás

A América Latina precisará de um século para que sua população desfrute do mesmo nível de renda que os cidadãos dos países desenvolvidos possuem hoje. A conclusão é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que divulgou ontem seu relatório "Progresso Econômico e Social na América Latina 2001". A pesquisa da instituição aponta a baixa taxa anual de crescimento das economias latino-americanas nos anos 90 como umas das causas para a defasagem entre os rendimentos da população da região e de seus pares nas nações ricas.

"O ritmo do crescimento da renda é tão lento na América Latina que será preciso cerca de um século para que a região possa alcançar os níveis atuais de renda dos países desenvolvidos", conclui o relatório. Ele aponta ainda redução da renda nos últimos dez anos e acentuação do desequilíbrio na distribuição das riquezas, cada vez mais concentradas nas mãos de uma minoria.

E as perspectivas são pouco animadoras, segundo o BID. "A América Latina atravessa um dos períodos mais difíceis das últimas décadas. A situação é muito delicada, e pode levar a um desvio perigoso", alertou Enrique Iglesias, presidente da instituição.

O relatório é o mais pessimista produzido pelo BID nos últimos dez anos. "O crescimento econômico da América Latina foi decepcionante", diz logo a primeira frase. "Durante a década de 90, foi de apenas 3,3% anual, apesar de uma conjuntura econômica mundial relativamente benigna". O crescimento modesto fez com que a renda média da população subisse apenas 1,5% ao ano. Nos países asiáticos, outra importante região em desenvolvimento, a taxa anual foi de 3,5%.

"Como agravante, praticamente em todos os países a concentração de renda aumentou na década, reduzindo o impacto favorável do crescimento sobre a pobreza. Atualmente, 170 milhões de latino-americanos - um em cada três - vivem com menos de dois dólares diários", diz o relatório.

Pelos cálculos dos economistas do BID, haveria menos 45 milhões de miseráveis se a distribuição de renda tivesse se mantido inalterada (ainda que injusta) na última década. E haveria 80 milhões de pessoas a menos vivendo em miséria extrema se a renda per capita tivesse subido 3,5%, em vez de 1,5%.

"O pior é que a expansão econômica da região este ano será, com sorte, de 1%. E, em 2002, na melhor hipótese, será de 2%", estimou Iglesias, lembrando que os atentados de um mês atrás tornaram as perspectivas ainda mais negativas.

Apesar das reformas estruturais realizadas ou em andamento na região, o atraso continua grande em relação aos países desenvolvidos. O BID aponta sérias deficiências em três áreas: cumprimento das leis, controle da corrupção e efetividade da administração pública.

"As reformas de Estado foram boas, mas há muito por fazer. Tem havido má administração dos governos e temos insistido muito em relação a isso em conversas diretas com cada um deles", observou Iglesias.

O relatório mostra ainda que a América Latina é a região com as menores taxas de investimento em ampliação da produção no mundo. Os níveis de educação também estão crescendo num ritmo mais lento inclusive em relação ao Oriente Médio, onde são mais baixos. Sem contar que as empresas latino-americanas estão perdendo competitividade nos mercados internacionais e não se expandem como se esperava.

"As grandes corporações do Brasil e do México são menores do que as de Taiwan, cuja estratégia empresarial se associa com a pequena empresa", diz o estudo. Segundo o BID, os governos latino-americanos passaram a dar uma maior ênfase à melhoria dos indicadores macroeconômicos, descuidando-se dos investimentos internos. "Ainda que a inflação e os grandes desequilíbrios fiscais estejam controlados, o ambiente para a competitividade continua adverso, devido especialmente ao alto custo e à instabilidade do acesso do setor privado aos financiamentos interno e externo".

Em relação ao crescimento da produtividade no período, só a África apresenta piores resultados que a América Latina. A acumulação de capitais físico e humano (máquinas, instalações, trabalhadores qualificados, etc) é baixa, mantendo apenas um crescimento de 4% ao ano. Embora nem isso tenha sido obtido na década passada.

Outro agravante citado pelo banco é a evolução das exportações, ainda muito concentradas em produtos cuja demanda é declinante. O BID destaca apenas dois países nesta área: o México, com 60% das exportações com conteúdo tecnológico alto ou médio, e o Brasil, em que um terço é composto por computadores, veículos e equipamentos de tecnologia alta e média.

(O Globo)

 

 
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Empresários: há regras e impostos demais

Dois em cada três empresários brasileiros e metade dos empresários argentinos se queixam de que o excesso de impostos e de regulamentações são as maiores barreiras para o desenvolvimento de suas companhias, segundo o relatório do BID.

O estudo mostra ainda que Brasil, México, Colômbia, Equador e Venezuela são os países mais afetados pela incerteza e pela instabilidade da gestão pública e das políticas econômicas: "Pelo menos metade dos empresários nesses países consideram a instabilidade um problema sério".

O crédito, além de ser escasso, custa caro para as empresas da região. "A tudo isso são adicionados os problemas de delinqüência e corrupção, deficiências importantes de infra-estrutura e outros obstáculos ao desenvolvimento dos negócios e a uma maior produtividade".

Uma das conseqüências disso, de acordo com o BID, é que embora os níveis de capital das grandes empresas da região sejam normais, elas mobilizam poucos ativos e geram poucos empregos.

(O Globo)

 

 
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