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Estrangeiros
investem pesado em comércio ilegal no Brasil
Quem imagina
o traficante de animais silvestres apenas como um mateiro que vende
passarinhos na beira de estradas ou feiras na periferia vai ter
de rever seus conceitos. A atividade, uma das três mais lucrativas
do mundo - no ramo da ilegalidade -, está cada vez mais associada
ao narcotráfico e ao contrabando internacional de armas.
Em alguns casos, os animais são traficados junto com os entorpecentes.
Em outros, são usados como moeda de troca e para lavagem
de dinheiro. Até a máfia russa já descobriu
as "facilidades" do comércio ilegal da fauna, calculado
entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões.
As denúncias
constam do relatório Comércio Internacional de Vida
Selvagem e o Crime Organizado, divulgado pela organização
britânica Traffic, afiliada da World Wildlife Fund (WWF).
Segundo o documento, 50% dos traficantes de animais detidos na Grã-Bretanha
têm condenações na Justiça também
por tráfico de drogas, violência, roubo e crimes com
arma de fogo. As conclusões batem com os dados do primeiro
Relatório Nacional sobre o Comércio Ilegal de Fauna
Silvestre, produzido no fim do ano passado pela Rede Nacional de
Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).
Segundo a WWF,
a alta margem de lucro - de até 800% -, o baixo risco de
detecção e a falta de punição tornam
a atividade extremamente atrativa para os traficantes e seus asseclas.
Nesse contexto, uma pessoa de baixa renda, por mais politicamente
correta que seja, se estiver desamparada pelo Estado - o que não
é difícil - não pensará duas vezes em
participar dessa empreitada. Afinal, expulsos do mercado formal,
jogados na informalidade e sem direitos básicos assegurados,
os trabalhadores desempregados vêem na ilegalidade uma oportunidade
de emprego. E o tráfico vê mão-de-obra barata.
Leia
mais:
- Narcotráfico
e animais silvestres: grande negócio
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