Metade
da população tem renda apenas para o essencial
No Brasil, vivem
50 milhões de famílias mas 25 milhões delas
possuem renda apenas para o consumo de bens essenciais. São
85 milhões de pessoas cuja renda disponível não
permite consumir perfume, iogurte ou refrigerante, pintar a casa
ou fazer uma prestação para comprar um televisor novo.
A renda dessas
famílias varia de R$99 a R$ 614. Depois de comprarem o essencial
(feijão, arroz, farinha, etc), pagarem contas de água,
luz e telefone e gastarem mais uma quantia com produtos de limpeza
e higiene, pouco ou nada sobra do salário. Aliás,
para a maioria, falta dinheiro para cumprir o orçamento mensal
da casa. Esses dados, coletados pela Tendências Consultoria,
revela um Brasil com uma concentração de renda maior
do que a mostrada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(Pnad), do IBGE.
O estudo realizado
pelo Pnad, em 1999, mostrava o grupo que detinha maior poder de
aquisição estava em torno de 42,7%. Mas, segundo os
recálculos da Tendências Consultoria, esse mesmo grupo
de família está, na verdade, com 49% do total hoje.
Ou seja, o número de consumidores em potencial é menor
do que o esperado pelas indústrias.
Segundo Amadeo,
chefe da equipe de pesquisa da Tendências Consultoria, muitos
setores do mercado tiveram crescimentos inferiores ao planejado
porque superestimaram o poder de compra do brasileiro. A maioria
das famílias são consumidoras esporádicas de
bens duráveis e não essenciais. Isso, segundo a consultoria,
explica o sucesso de lojas de R1,99, por exemplo.
As informações
são do jornal Valor Econômico. - 29/10/02
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