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Dia 30.10.02

 

Sindicato muda perfil e atrai nova "elite"

O enfraquecimento provocado pela crise no trabalho tem obrigado os sindicatos a se aproximar, cada vez mais, do perfil de organizações não-governamentais (ONGs). A luta pelo emprego e pelo aumento salarial não é mais um atrativo para o trabalhador com a nova estrutura do mercado de trabalho, em consequência do aumento de oportunidades de emprego na última década, seja no setor de serviços ou na informalidade.

Um estudo realizado pelos professores da Universidade de São Paulo (USP), Hélio Zylberstajn e Iram Jácome Rodrigues, revelou que os sindicalizados de hoje têm maior instrução que a média nacional - 34,8% com cerca de 11 anos de estudo, além de apresentarem também renda superior - 66% dos sincalizados ganham mais de cinco salários mínimos. O estudo foi realizado com base na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), do IBGE, de 1998 a 1999.

Segundo Zylberstajn, isso fez com que o foco de atuação dos sindicatos mudasse de direção. A preocupação deles estende-se para a comunidade, e não mais apenas para as fábricas. Eles estão envolvidos em programas de alfabetização, assistência a menores abandonados e com cooperativas de crédito.

Jorge Eduardo Durão, secretário geral da Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong), afirma que os sindicatos têm ampliado o seu campo de ações. "Talvez seja correto afirmar que é cada vez mais forte a filosofia do sindicato-cidadão, que não olha apenas para interesses corporativos", diz.

Por outro lado, para Zylberstajn, a perda relativa de importância da indústria no emprego, em oposição ao crescimento do setor de serviços e comércio, tem trazido sérias consequências ao sindicalismo brasileiro. Isso faz com que o individualismo torne-se maior e por isso o sincalismo tem dificuldades de se organizar.

(As informações são do jornal Valor Econômico - 31/10/02)

 

 
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