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cultura
07/01/2005
Número de leitores no país ainda é pequeno

O Dia do Leitor, comemorado hoje, acontece quando apenas 25% dos brasileiros, com idades entre 15 e 64 anos, têm habilidade plena de leitura. Dentro da mesma faixa etária, 8% são analfabetos absolutos e 30%, capazes de entender informações simples, e 37% lêem e entendem textos curtos.

Enquanto na França cada habitante lê, em média, sete livros por ano, no Brasil o número é de apenas 1,8. As informações fazem parte da pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, realizada pela Câmara Brasileira de Livros (CBL) e outras entidades.

Já no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mediu o desempenho de 250 mil estudantes de 15 anos em 32 países, os brasileiros ficaram em último lugar. Embora as estatísticas não sejam nada animadoras, o Dia do Leitor encontra o país atravessando uma fase de crescimento no ramo livreiro, o que significa um aumento no consumo de livros e, conseqüentemente, do número de leitores.

“Acredito que o mercado está se expandindo tanto que abrimos uma outra loja no mesmo shopping. Os nordestinos têm lido muito. Os supervisores que vêm do Sul e Sudeste se espantam”, afirma a encarregada de livros de uma grande livraria, Mara Rúbia Sampaio.

A gerente da loja, Simony Sousa, chama a atenção para um segmento que já despertou o interesse das editoras: o público infantil. A pequena Sabrina, 3 anos, é uma das crianças que o setor fisgou. Ela ainda não sabe ler, mas se concentra nos desenhos coloridos dos livrinhos inspirados em sucessos do cinema. Sabrina conhece cada um dos personagens e é capaz de corrigir quem diz o nome de algum deles errado.

“Ela conta todas as histórias. O livro a satisfaz mais que as bonecas. Quando a trago aqui sempre tenho que levar alguma novidade para casa. A gente não agüenta mais, de tanto que ela pede para ler as mesmas histórias”, conta a avó da menina, a dona-de-casa Célia Porto.

A formação de novos leitores depende do incentivo familiar e do estímulo da escola e passa por uma dificuldade comum no país: o alto preço dos livros. Tentando reverter essa realidade o governo federal prevê uma série de ações de curto, médio e longo prazos, cujo objetivo é aumentar os índices de leitura dos brasileiros.

Uma das primeiras ações aconteceu, no dia 1º de dezembro, quando foi aprovado o projeto de lei de conversão à Medida Provisória que acaba com o pagamento das contribuições do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o livro. O benefício representa a diminuição da carga tributária entre 3,65% e 9,25%. Agora é torcer para que a redução chegue aos bolsos do leitor.


As informações são do Diário do Nordeste, de Fortaleza-CE.

   
 
 
 

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