revitalização
07/08/2008

Nova Luz só conta até agora com 2 empresas

Quem se mudou reclama, enquanto IBM e Microsoft esperam benfeitorias

A proposta é que seja um pólo de desenvolvimento econômico, social e cultural no centro de São Paulo. Mas por enquanto só há escombros. Lançado há três anos, o Projeto Nova Luz - que revitalizaria a Cracolândia - ainda engatinha.

O eixo da proposta é que empresas de tecnologia da informação, cultura, call center e publicidade se mudem para uma área de 362 mil m2, atraídas por incentivos fiscais, e gerem 25 mil empregos. Mas, das 23 companhias que há um ano foram selecionadas em edital para se instalar na área, apenas 2 se mudaram para o local e já estão insatisfeitas com a morosidade da Prefeitura. No mês que vem, será a vez da terceira se mudar mas só com a metade da equipe porque teme a "falta de segurança". As demais 21 empresas estão cautelosas com o futuro.

A agência de publicidade Fess?Kobbi foi a primeira a se mudar, há três anos. A diretora administrativa, Celene Marrega, afirma que por enquanto não valeu a pena. "Até alguns meses, estávamos empolgados. Mas agora parece que o negócio fez água. Não recebemos nenhum incentivo."

Desde janeiro, o empresário Carlos Alberto Viceconti está na Rua dos Gusmões. A sua empresa, DigiSign, ficava em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, e optou por se mudar atraído pelos incentivos fiscais. "Estou chateado com a demora. Só para assinarmos um documento junto à Prefeitura foram dois meses." Ele conta que está pagando impostos mais caros do que se continuasse onde estava.

Neissan Monadjem, da E-Safetransfer, pretendia transferir toda a empresa do Itaim-Bibi, na zona sul, para o centro, em setembro. Mas só metade dos empregados vai se mudar. "Nosso pessoal de desenvolvimento de software deixa o trabalho tarde e não há a mínima segurança para eles". Além de pagar aluguel do novo escritório, o empresário está concluindo uma reforma de R$ 50 mil no imóvel.

O presidente da BRQ, Benjamim Quadros, investiu R$ 2,5 milhões na região. Mas só pretende se mudar dentro de três anos, quando a revitalização estiver adiantada.

Outra das empresas que consta do edital é a IBM. A Assessoria de Comunicação, porém, informou que a corporação não fala sobre projetos que ainda estão em andamento.

Em nota, a Microsoft respondeu que, "mantidas todas as condições do edital, tem a intenção de expandir sua área de Serviços e Desenvolvimento de Software para a região em 2010". E o Instituto Moreira Salles, que também consta do projeto, informou que continua examinando o projeto, "mas em fase inicial".

Jones Rossi
Marici Capitelli
O Estado de S.Paulo

Guarda Civil se muda para a área na segunda-feira

O secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, garantiu que, em 30 dias, as empresas vão assinar os contratos que estabelecem as regras para a instalação na região. Ele disse que a parte mais emperrada do processo são as demolições.

Para ele, as ações de limpeza, fechamento de estabelecimentos clandestinos e encaminhamentos dos dependentes para a saúde, já estão mudando a cara da Cracolândia. Na segunda-feira, por exemplo, a sede da Guarda Civil Metropolitana se muda para a Rua General Couto de Magalhães, com 300 pessoas que serão instaladas em um prédio de 6 andares totalmente reformado.

   
 
   
 

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