educação
30/08/2007

São Paulo e Nova York trabalham para a melhoria do ensino

Keila Cândido



Em seminário realizado pelo Instituto Fernand Braudel - centro de pesquisas e debates sobre temas ligados a problemas institucionais - Nathan Dudley, diretor da New York Harbor School, apresentou propostas de reformas no ensino e conta um pouco sobre a experiência de atuar em áreas muito pobres e violentas.

“Para mudar um sistema é necessário a Fundação, sindicatos, administradores. É necessário fazer um mutirão, não tem como reformar um sistema sem pensar em trabalhar para ter algo melhor do que tem”, diz Dudley que aposta em diversos tipos de parcerias, sejam do setor privado, com os pais, com a comunidade ou outros setores.

Em Nova York, até agora, mais de 30 escolas foram fechadas por fracasso e desordem. Para controlar a violência jovens policiais atuam como agentes de segurança escolar. Eles são uniformizados e sem armas.

Nathan revela que 90% dos professores de Nova York trabalham em uma única escola e que isso faz uma grande diferença, pois, os professores se dedicam mais e isso influencia na qualidade do ensino. No Brasil, os professores, pelo baixo salário que recebem acabam tendo que trabalhar em duas ou três escolas, e não há comprometimento com o que está sendo passado e isso reflete em sala de aula.

“A proposta é estender o dia escolar, o que fazem os meninos nas 18 horas que sobram?”. Ele acredita que os alunos devem passar mais tempo em contato com a escola, pois o tempo que estão fora dela, acabam indo pra rua, ficam em frente a televisão, trabalham ou acabam se envolvendo com drogas. “A escola tem que ser em tempo integral”, diz.

“Não existe metas sem prazo”, afirma Dudley. Ao analisar as propostas de reforma no ensino apresentadas pela Secretária da Educação do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães Castro e pelo governador José Serra, Nathan Dudley declara que as propostas são muito parecidas com Nova York. O plano prevê a redução de 50% da taxa de reprovações do ensino médio e de 8º série em 2010 - assim como o Projeto Ler e Escrever do governo paulista -, capacitação de professores e outras séries de ações para melhoria da escola. “Pode ou não acontecer, mas se temos uma meta temos que ter um prazo”. “Temos que trabalhar juntos e conhecer a educação para mudar o sistema”.

   
 
   
 

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