Engana-se
quem pensa que os jovens americanos menos privilegiados desconhecem
as boas maneiras e a boa educação. As escolas
públicas de Nova York estão ensinando modos
aos seus alunos na pista de dança.
Com um projeto inovador, essas escolas ensinam dança
de salão aos seus alunos. E é exatamente por
meio dela que os estudantes estão aprendendo valiosas
lições, as quais serão úteis para
a vida inteira.
Graças ao projeto iniciado pelo bailarino inglês
Pierre Dulaine, e ministrado nas próprias escolas,
as crianças aprendem foxtrote, rumba, tango, swing
e merengue – mas, além disso, aprendem a se portar
como damas e cavalheiros. Com a dança de salão,
onde é necessário dançar em pares, os
alunos percebem a importância do trabalho em equipe,
do respeito mútuo e da comunicação com
os colegas. Eles aprendem a respeitar, trabalhar e conviver
com outras pessoas, melhorando seu comportamento e suas relações
com as pessoas.
Além de uma melhora de comportamento, o projeto trouxe
mais frutos. Como ele já é aplicado em mais
de 60 escolas nos EUA, foi possível a criação
de uma competição anual entre as escolas públicas.
As competições estimulam o aproveitamento das
aulas e a dedicação à dança, já
que os estudantes se sentem motivados a dançar cada
vez melhor, fazer bonito na competição e até
levar um prêmio para casa.
No Brasil, o Ballet Stagium é responsável por
um projeto semelhante, o projeto Joaninha. Seu objetivo é
formar cidadãos por meio da dança e criar nos
pequenos um interesse pela cultura, informação
e a sua própria formação educacional.
Criado por Márika Gidali e Décio Otero, fundadores
da companhia, o projeto Joaninha abriga 110 jovens, alunos
de escolas públicas, entre 7 e 14 anos, que, na filial
do Stagium do Jabaquara, têm aulas de dança ministradas
por bailarinos do próprio corpo de balé. Os
interessados em participar das aulas devem passar por uma
seleção que leva em conta o interesse da criança
pela dança e sua disponibilidade em freqüentar
as aulas.
O projeto, iniciado em 1999, enfatiza aulas de desenvolvimento
de movimento, como danças circulares, danças
folclóricas, capoeira, dança de rua e dança
livre, já que nestas se nota o maior desenvolvimento
das crianças. Depois de muito treino, os jovens ficam
prontos para se apresentarem em espetáculos de dança
sempre focados na identidade cultural brasileira e em temas
nacionais.Vale a pena conferir o site do projeto www.stagium.com.br.
Ticiana Sundfeld,
aluna do ensino médio
do Colégio Bandeirantes - ticisundfeld@hotmail.com
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