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dívida
30/03/2005
Serra: dívida de Marta é de R$1bi
 

O relatório final das contas do último ano do governo Marta Suplicy (PT) que será encaminhado hoje ao Tribunal de Contas do Município pelo prefeito José Serra (PSDB) deve apontar descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal por parte da administração petista. Segundo o documento, Marta deixou R$ 1,018 bilhão de dívida inscrita em restos a pagar referentes a 2003 e 2004. O balanço fiscal do último quadrimestre de 2004, publicado em fevereiro no Diário Oficial, mostrou que foram deixados em caixa apenas R$ 379,3 milhões.

A Lei Fiscal proíbe o gestor de deixar para o seu sucessor restos a pagar superiores ao dinheiro disponível em caixa. O infrator pode ser punido com a perda dos direitos políticos. A Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal prevê pena de 6 meses a 2 anos de detenção para o administrador nesses casos.

O secretário de Finanças do governo Marta, Luís Carlos Fernandes Afonso, contestou ontem, em nota oficial, o valor de restos a pagar divulgado pela atual administração e a acusou de manipular os dados. Nas contas dos petistas, Marta deixou R$ 401,7 milhões de restos a pagar com vencimento em 2004 e R$ 511,8 milhões disponíveis em caixa. "Marta Suplicy cumpriu a LRF tanto ao deixar mais recursos em caixa que obrigações a pagar, quanto ao deixar disponibilidade para cobrir restos a pagar do exercício de 2004", diz a nota.

Segundo os petistas, os restos a pagar para vencer em 2005 somariam R$ 250,3 milhões e devem ser assumidos pelo orçamento deste ano. "A atual gestão não poderá considerar em seu balanço os valores de restos a pagar de 2004 somados aos de 2005. Se isso for feito, estarão descumprindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias."

Apenas no primeiro ano da administração Marta a Prefeitura fechou suas contas sem déficit - equilíbrio entre receita e despesas. Em 2002, houve restos a pagar de R$ 240,6 milhões. Em 2003, foram R$ 590,6 milhões.

O TCM tem 90 dias para analisar o relatório entregue hoje pela Prefeitura. Após Após a análise dos auditores fiscais, é elaborado um relatório final do tribunal, que aprova ou reprova as contas. Esse relatório é colocado em votação entre os conselheiros, que podem condenar ou absolver a ex-prefeita. Se forem constatadas irregularidades, elas são encaminhadas ao Ministério Público. O mesmo relatório também segue para votação na Câmara Municipal.

SILVIA AMORIM
do O Estado de S. Paulo

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