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História - 1891 - Floriano Peixoto

A República de ferro

Reprodução
A capital federal Rio de Janeiro bombardeada por forças da Marinha na Revolta da Armada
O marechal Floriano Peixoto assumiu em 1891 a Presidência de uma incipiente República, imersa em grave crise política. Vice de Deodoro da Fonseca, o marechal de ferro _como ficou conhecido por seu estilo de governo_ tomou posse com o apoio do PRP (Partido Republicano Paulista) e dos fazendeiros do café, após renúncia do patrono da República. O primeiro ato de Peixoto é suspender o estado de sítio e reabrir o Congresso Nacional, revogando assim decisões de seu antecessor.

Nome: Floriano Vieira Peixoto
Natural de: Alagoas
Gestão: 23.nov.1891 a 15.nov.1894
O chamado "Marechal de Ferro" entrou para a Escola Militar em 1861 e participou de muitos combates, inclusive na Guerra do Paraguai. Em 1891, assumiu a vice-presidência. Assumiu o cargo de presidente com a renúncia do Marechal Deodoro.
Como Deodoro, Floriano Peixoto guardou em sua administração o saudosismo da disciplina das casernas e manteve a centralização do poder. Em busca de apoio a seu governo, adotou medidas econômicas para satisfazer camadas médias da sociedade, como a redução dos aluguéis e da carne vendida nos açougues.

Apesar do apoio à renúncia de Deodoro, setores do Exército e da Marinha ainda mantinham posições críticas em relação ao novo governo republicano e à presença de civis na composição do poder. Peixoto enfrentava crises principalmente com o comando da Marinha, a armada confundia suas raízes com o Império, além de que fora muito favorecida pelo velho regime.

Após abafar e controlar com violência conflitos armados contra interessados na independência da região Sul (Revolução Federalista) e com a Marinha, que chegou abrir fogo contra a cidade do Rio de Janeiro, sede do governo, Peixoto consolidou seu poder e saiu fortalecido.

As divisões no comando militar abriram as portas para a eleição de um civil e assim afastar o perigo de uma virtual guerra civil. O caminho estava definitivamente aberto para a burguesia cafeeira ter, enfim, um representante civil presidente.

O Brasil era então uma República federativa, em que cada Estado teria autonomia e um "presidente", enterrando a principal reclamação de fazendeiros paulistas de pagarem impostos para sustentarem fazendeiros e Estados improdutivos.


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