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25/08/2010 - 12h11

Excitação feminina ocorre por meio do consumismo; livro sobre sexo toca em tabus

da Livraria da Folha

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Sexo é um dos temas sobre os quais mais se fala e escreve
Sexo é um dos temas sobre os quais mais se fala e escreve

Sexo. Carícias. Vaidade. Verdades. Traição. Amor. Casual. Casal. Carnal. Mais um. Libertinagem. A sós. A dois. De quatro. Todos os sentidos. Sem sentido. Sentindo. Só. Sexo.

É longo o percurso a respeito do sexo. Aliás, as palavras parecem se oferecer para entrar na roda. Todas querem participar, estar na boca do outro, soletradas no ouvido. No grito. Parte de nós, é tema recorrente ainda hoje, responsável por invocar tabus, hipocrisias, desejos e guerras. Tudo ao seu redor atiça e excita a curiosidade, todos querem espiar, lascar um pedacinho.

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Conceitos sobre a sexualidade devem ser revistos
Conceitos sobre a sexualidade devem ser revistos

E por ser um tema tão recorrente, o psicoterapeuta Flávio Gikovate analisa os diversos mitos e meias-verdades a respeito do assunto e aborda questões polêmicas no livro "Sexo". Entre elas, a vaidade masculina, a excitação feminina e a conhecida dúvida se sexo e amor são a mesma coisa.

"Até hoje, a maior parte das pessoas não consegue, por exemplo, separar o sexo do amor e reconhecer que eles são impulsos distintos. Aprendemos que fazem parte do mesmo instinto e essa crença se perpetua quando os fatos a negam, inclusive nas mentes intelectualmente preparadas", revela o especialista.

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Para tratar do tema, Gikovate propõe retornar ao zero. Ou seja, pensar com cuidado todos os detalhes e reflexões acerca da sexualidade. "Conheço pouquíssimas pessoas satisfeitas com sua vida sexual, com a sensação de que não estão perdendo nada ao viver como vivem. Sim, porque os anseios da grande maioria das pessoas costumam ir além das possibilidades reais: nem todas as circunstâncias que determinam o surgimento do desejo propiciam condições para sua realização", explica.

Leia trecho sobre a excitação feminina

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As mulheres podem exercer livremente sua vaidade que é dominada pela vontade de se excitarem ao provocar o desejo masculino. Elas podem fazer uso de todos os recursos conhecidos com este intuito: cuidar do corpo, do peso, da pele e dos cabelos. Para tanto, são estimuladas por uma publicidade que sempre promete melhores resultados no processo de sedução.

Passam, assim, a desejar os objetos capazes de aumentar seus poderes: sapatos provocantes, trajes de praia que exibem o máximo do corpo bem trabalhado pelos exercícios físicos praticados com o máximo afinco, roupas de noite decotadas que exibirão seus seios recém-"reformados", e assim por diante.

Não desejam os homens, mas se excitam muito ao provocar o desejo deles, de modo que anseiam pelos objetos e recursos capazes de aumentar o prazer que deriva do bom resultado aos olhos deles. Surge assim um enorme apetite consumista pouco conhecido há algumas décadas - em parte até por falta de objetos a ser consumidos.

A vontade de comprar adornos capazes de ativar ainda mais o desejo masculino é um importante fator de excitação para as mulheres. Elas sentem atração por tais objetos, ou seja, querem ser apropriar deles, tê-los próximos do corpo.

É evidente também que o desejo de aquisição de bens de consumo transbordou de longe esse aspecto da nossa psicologia, de modo que foram agregados bens que definem status e condição social, tais como bolsas, relógios e outros objetos que provocam pouco interesse nos homens - mas despertam a inveja das outras mulheres.

Certamente temos assistido a um significativo aumento do consumismo também por parte dos homens, empenhados em uma disputa que envolve principalmente os chamados "bens de posição" na escala social.

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"Sexo"
Autor: Flávio Gikovate
Editora: MG Editores
Páginas: 208
Quanto: R$ 45,80
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

 
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