sexta-feira, 06 de dezembro de 2002 | TELEFONIA MÓVEL-GSM | Informe publicitário |
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SIM CardA revolução do mercado
O responsável por essa mudança é um chip de memória, pouco maior que uma unha, desenvolvido com exclusividade para os aparelhos GSM. Batizado de Subscriber Identity Module Card, ou SIM Card, ele tornou o usuário independente de seu telefone móvel: por ser padronizado, se encaixa em qualquer celular GSM vendido em qualquer país que disponha do sistema, independentemente de marca ou modelo. Com a novidade, o consumidor não precisa mais alterar o número do celular cada vez que muda de aparelho. "Basta ir à loja, escolher o novo modelo e trocar o chip de aparelho", explica Fioravanti Mangone Jr., gerente de Wireless da Nortel Networks do Brasil, empresa fornecedora de infra-estrutura de telecomunicações. O chip inteligente é útil também para quem não gosta de emprestar o celular ou tem amigos que costumam ultrapassar os limites. Se alguém alegar que o próprio aparelho está sem bateria, é só tirar o SIM Card e emprestar o celular sem o chip. Nesse caso, o usuário que pediu o equipamento emprestado coloca, no lugar, o chip de seu celular descarregado.Como o SIM Card armazena os dados do proprietário, a pessoa poderá usar o telefone como se fosse seu, com dados de agenda e débito da ligação na própria conta. Além disso, com o SIM Card, não há dois usuários com o mesmo número e os mesmos códigos no mundo. "Ainda que houvesse um número semelhante, os códigos do país e da cidade iriam diferenciar o usuário", esclarece Mangone.
Volume Mais do que um número único, o chip inteligente possibilita que o celular se transforme em um terminal multimídia. Os modelos mais avançados podem agregar, ao serviço de voz – de excelente qualidade –, o acesso em alta velocidade e ininterrupto à Internet, capaz de atingir até 144 kbps – um computador normal com acesso de banda larga chega a 56 kbps – por meio da tecnologia General Packet Radio Service – GRPS. Ela inovará o mercado brasileiro: no acesso à Internet, o usuário vai pagar pelo volume de informações baixadas e não pelo tempo conectado. Segundo operadoras, haverá dois preços distintos. O primeiro será cobrado pelos minutos de utilização do aparelho, seja pré ou pós-pago; o segundo, pelo serviços adicionais, como envio de mensagens, acesso à Internet e aos e-mails, envio de dados, etc. O sistema permite, também, a conexão com máquinas fotográficas – há aparelhos em que a câmara já vem embutida – e filmadoras digitais, fazer download de arquivos de música (MP3) da Internet e gravação de voz digital. Ainda possibilita às operadores oferecer uma série de serviços especiais – por exemplo, localizar o restaurante japonês mais próximo e seu telefone ou fornecer informações sobre o clima da cidade para onde o usuário está se dirigindo. Mas as surpresas não param por aí. Os especialistas esperam, para breve, a entrada da tecnologia 3G – terceira geração, com velocidade de transmissão de dados ainda mais espantosa, que possibilitará, entre outras alternativas, a transmissão de imagens ao vivo. A expectativa é de que esses equipamentos desembarquem no Brasil em 2005. Segundo Mangoni,a facilidade de trocar de aparelho com a simples mudança do chip deve criar, no Brasil, uma prática já comum no exterior: as pessoas não jogam fora seu GSM antigo. "Elas guardam o aparelho e quando amigos ou parentes vêm passar férias ou fazer uma visita, elas emprestam o equipamento para que eles tenham um celular à disposição", explica. Quem conhece o sistema, já sabe: só é preciso levar o chip; o equipamento pode ficar em casa. "Em breve deve surgir no Brasil, também, as lojas que alugam aparelhos GSM, destinados a usuários que não podem ser atendidos na cidade por sua operadora", prevê o gerente da Nortel. |
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