Reuters
15/10/2002 - 11h27

Tailândia reforça segurança em balneários após ataques em Bali

da Reuters, em Bangcoc

Preocupada que as explosões na ilha de Bali afaste turistas de toda a região, a Tailândia, popular destino turístico no sudeste da Ásia, disse hoje que reforçou a segurança nos seus principais balneários.

O primeiro-ministro Thaksin Shinawatra afirmou ter ordenado o envio de mais policiais uniformizados e à paisana nos principais locais turísticos.

"Pedi a todas as agências que colocassem suas medidas de segurança em alerta máximo em todas as principais áreas turísticas", Thaksin disse a repórteres. "Mais oficiais à paisana serão organizados e preparados para informar quaisquer situações incomuns à suas centrais."

No ano passado, a Tailândia, país predominantemente budista, recebeu mais de 10 milhões de turistas. Muitos ficaram em balneários no sul do país, onde vive a maioria dos seis milhões de muçulmanos da nação, responsáveis por dez por cento da população.

O turismo representa cerca de 6% do produto interno da Tailândia.



O ministro da Defesa tailandês, Thammarak Isarangura, disse que pediu às unidades militares do sul da Tailândia para aumentar os esforços conjuntos de inteligência depois das explosões em Bali, que mataram pelo menos 181 pessoas, a maioria jovens ocidentais.

Entretando, Thammarak disse não acreditar que a Tailândia seria uma base de militantes muçulmanos ou alvo de ataques.

"Nossas últimas informações da inteligência mostram que a Tailândia não é uma base desses grupos terroristas, que tiveram atividades na Indonésia, Malásia e Cingapura", afirmou o ministro da Defesa.

"Mas não podemos ser negligentes, especialmente em áreas de diversão onde ficam as discotecas."

No início da década de 1990, grupos muçulmanos separatistas armados atuaram no extremo sul da Tailândia, perto da fronteira com a Malásia, provocando violentos incidentes.

Mas as forças de segurança dizem que o número de militantes diminuiu nos últimos anos apenas para uns poucos interessados em extorsões, mais do que na revolta armada.

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