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15/10/2002 - 08h10

Polícia indonésia busca pistas sob escombros

da France Presse, em Bali (Indonésia)

A polícia indonésia revista hoje as montanhas de escombros onde ficavam uma da casas noturnas e um dos restaurantes mais frequentados da ilha de Bali até o atentado com carro-bomba que deixou 181 mortos e mais de 300 feridos no sábado (12), a maioria deles jovens turistas estrangeiros.

As bandeiras estão a meio mastro em Bali, onde a polícia disse já ter interrogado mais de 50 testemunhas, mas sem prender ninguém. Até ontem, tanto jornalistas como curiosos podiam caminhar livremente pelo local do atentado, com risco de destruir provas. A partir de hoje, as forças da ordem bloquearam o acesso e colocaram lonas para trabalhar sem serem observadas. Coroas de flores foram colocadas ao pé dessas lonas.

Investigadores equipados com câmeras fotográficas recolhem objetos, assim como partes de corpos. Um laboratório móvel também foi instalado nas proximidades da praia turística de Kuta.

"Os especialistas buscam partes de corpos", disse um médico legista indonésio no local, Indrayana Sudhardjo, aos jornalistas. Ele explicou que estes são enviados depois ao laboratório para exames de DNA.

Suhardjo acrescentou que os técnicos enviados pela Austrália e Japão estão examinando no lugar a natureza do explosivo utilizado. Quando lhe perguntaram se os investigadores esperam encontrar mais corpos, respondeu: "Não, não acredito, mas restos humanos sim".

Alguns poucos grupos de pessoas são autorizados a entrar no perímetro sob escolta, como uma equipe de 10 ocidentais de um clube de rugby, que rezou no local em memória de três membros de seu clube que continuam desaparecidos.

O carro-bomba utilizado para o atentado explodiu justamente na frente do Sari Club, uma casa noturna muito frequentada, destruindo ao mesmo tempo um bar-restaurante. Em seguida, um incêndio se estendeu aos edifícios e estabelecimentos comerciais vizinhos. Várias testemunhas falaram em duas explosões com poucos segundos de intervalo. A segunda, mais forte, foi a do carro-bomba.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e dirigentes australianos e indonésios manifestaram suspeitas de que a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, seja a responsável pelo atentado, dirigido mais aos ocidentais em geral do que aos americanos em particular. A Austrália foi o país mais castigado, com 20 mortos e 160 desaparecidos.

A Indonésia, que até este atentado era acusada de minimizar os riscos da presença de terroristas muçulmanos em seu território, agora está sendo pressionada para intensificar sua luta antiterrorista.

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