EUA não querem guerra com a Coréia do Norte, diz Powell
da Reuters, em BerlimO secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse hoje a um jornal alemão que os Estados Unidos estão procurando uma solução diplomática para o impasse com a Coréia do Norte por causa do suposto programa de armas nucleares de Pyongyang.
Reuters - 7.nov.2002 |
Colin Powell, secretário de Estado dos EUA |
A crise na península coreana começou em outubro, quando Washington afirmou que Pyongyang admitira ter a intenção de desenvolver um programa de armas nucleares. O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que a Coréia do Norte faz parte do "eixo do mal" [países acusados de produzir armas de destruição maciça], ao lado do Irã e do Iraque.
A crise aumentou quando a Coréia do Norte expulsou os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e retomou os testes de mísseis.
Com isso, aumentou também a tensão mundial no momento em que Washington ameaça atacar o Iraque caso o país árabe não apresente seus supostos programas de armas ilegais. Bagdá nega ter qualquer tipo de arma de destruição em massa.
Powell também disse ao jornal alemão que os Estados Unidos acreditam que a falta de cooperação do Iraque com os inspetores de armas da ONU ficará provada.
Powell tentou separar os dois casos, lembrando que foi assinado um acordo com a Coréia do Norte para suspender uma programa nuclear anterior.
"Durante oito anos pensamos ter colocado o gênio de volta na garrafa. Não percebemos que havia uma segunda garrafa e um segundo gênio: que a Coréia do Norte tinha urânio enriquecido mesmo com a inspeção internacional nas instalações de plutônio".
Powell não deu indicações de como os Estados Unidos pretendem resolver a crise com a Coréia do Norte de maneira diplomática.
Os Estados Unidos haviam assumido uma posição dura em relação à Coréia do Norte e algumas autoridades chegaram a falar em sanções econômicas. Mas mudaram de rumo na terça-feira (14) e ofereceram a retomada do fornecimento de alimentos e energia caso a Coréia do Norte abandone sua busca por armas nucleares.
Mas a Coréia do Norte acusou Washington de fazer "promessas vazias".
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