Fotos no Minhocão têm pichações acusando artista de plagiar colega francês JR

Quem passa por debaixo do Minhocão e costuma ver aqueles grandes retratos deve ter reparado em pichações novas: "plágio" e "JR".

Estas letras fazem referência a um premiado artista plástico e fotógrafo francês conhecido por JR, o qual usa a mesma técnica adotada na exposição Giganto, sequência de retratos expostos nos pilares do elevado Costa e Silva (Minhocão).

"É bem natural que as pessoas tenham o JR como referência, já que o trabalho dele ganhou muito destaque internacionalmente nos últimos anos. Tem outros artistas também que usam a fotografia como instalação", explica Raquel Brust, artista responsável pelo Giganto.

O francês já fez uma intervenção no Brasil, em 2008. Na ocasião, a favela Morro da Providência, no Rio de Janeiro, teve encostas e fachadas de casas cobertas por fotografias gigantes em preto-e-branco de moradores locais.

As fotos, que estão no local desde 16 de outubro, sofreram outras pichações. Cigarros suspeitos foram desenhados em alguns dos retratos.

"Plágio acho que é algo muito forte. Acusar de plágio é alguém que não conhece nem o trabalho do JR nem o Giganto", comenta Brust.

"A técnica é a mesma, o resultado pode até ser semelhante, mas o processo é completamente diferente. Ele tem uma pegada bem política e, apesar do meu trabalho ser sobre rua e pessoas, tem uma reflexão um pouco mais poética."

A exposição fica sob o Minhocão até o dia 25 de janeiro (aniversário da capital paulista). "Como pretendo continuar com a Giganto, estou procurando parcerias para 2014", ressalta a artista.

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