Sem-teto usa topo de pontos de ônibus em SP como cama

Às 9h desta segunda (17), ninguém dormia no ponto de ônibus da rua Augusta com a Caio Prado. Ninguém a não ser João Paulo Silva, 42, que chegava à oitava hora de sono em cima da parada de coletivos.

Chico Felitti/Folhapress
João Paulo Camargo, 42, dorme em teto de ponto de ônibus na rua Augusta
João Paulo Camargo, 42, dorme em teto de ponto de ônibus na rua Augusta

"Eu sempre durmo em cima desses pontos novos. É gostoso. O teto tem um vidro e uma tela embaixo, então não dá medo de que quebre. É só colocar um cobertor embaixo, pra ficar menos duro, e ninguém te incomoda", disse Silva depois de acordar e descer da estrutura. No dia, entretanto, ele estava sem a coberta, "por causa do calor de matar".

Por não ter trabalho em local fixo ("Cato lata, ajudo numa empresa de carreto. Faço o que dá"), ele varia o local de pouso. "Às vezes é aqui no centro, já dormi em Pinheiros e até em Santana. Mas é sempre nos pontos, porque eu não vou dormir na rua."

Chico Felitti/Folhapress
O homem que dorme no ponto visto de baixo
O homem que dorme no ponto visto de baixo
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