'O céu é o limite', diz chef Rodrigo Oliveira, que assina menu da KLM

Nada de comida insossa ou com aparência feia. A aposta da companhia aérea KLM, que opera voos entre Brasil e Europa, é acabar com a fama da comida de avião e servir aos seus clientes pratos genuinamente brasileiros. Para isso, a empresa contratou o chef Rodrigo Oliveira (Mocotó e Esquina Mocotó ), que assina o novo menu servido a partir desta quinta (10).

Dentre as receitas que serão provadas pelos passageiros estão o cuscuz caiçara, feito com milho e camarão; o gratinado de mandioca com carne-seca e requeijão; o nhoque de mandioca com molho de queijo da serra da Canastra; e a moqueca de peixe, servida com o mix de arroz e castanha de caju. Para a sobremesa, cocada cremosa com castanha do pará e quindim de manga.

O contrato com o chef brasileiro é de um ano e prevê que o cardápio seja trocado a cada três meses. Os pratos com ingredientes típicos serão servidos não só na classe executiva, mas também na econômica.

De acordo com o diretor regional da KLM para o Brasil, Hugues Heddebault, a ideia era inovar —por isso a escolha de um chef aclamado, mas ainda jovem. "O que os europeus conhecem da comida brasileira? Só caipirinha", brinca. Além dos quitutes do cabeça do Mocotó, um vinho nacional também entrou na carta da companhia.

Para Rodrigo Oliveira, o desafio foi conhecer as restrições da comida servida em avião, que requer cuidados no processo de produção e armazenamento. Só depois o cardápio foi montado. "Tentei traduzir a comida do meu sertão para as bandejinhas do avião, com um menu 100% brasileiro. Eu brincava que o céu era o limite, e agora é mesmo".

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