Cidadona: Ao menos 30 pessoas foram furtadas dentro do Hospital das Clínicas

Um grupo especializado em surrupiar pacientes, médicos e funcionários fez ao menos 30 vítimas dentro do Hospital das Clínicas de um ano para cá.

Um médico teve seu celular furtado dentro do elevador do Incor. Uma aposentada não viu seu moedeiro sumir na sala de espera do raio-X. Um advogado perdeu a carteira enquanto esperava na fila da lanchonete para comprar pão de queijo.

"Eu estava tomando café quando uma moça caiu no chão, passando mal. Várias pessoas, eu inclusive, fomos acudir. Quando voltei, minha bolsa não estava mais lá", conta a pedagoga Maria Custódio, 68.

Ela desconfia que o mal súbito seja uma das táticas para distrair os frequentadores do hospital enquanto comparsas pegam o que conseguem. "Fui na delegacia, contei e eles dizem que é sempre parecido com isso." O caso foi registrado na delegacia, junto com "dezenas" de outros, dizem policiais.

O delegado Olívio Lyra, da delegacia de Pinheiros, diz que duas pessoas já foram indiciadas por crimes no complexo. Mostra um inquérito de uma paciente que acusa uma funcionária de ter lhe levado o celular e revendido a um colega de trabalho. "Não é possível afirmar que eles tenham receptadores", diz Lyra.

O Instituto do Coração já considera os acontecimentos caso de quadrilha: Todos os funcionários do Incor receberam um e-mail no fim do ano passado, aconselhando alerta com os larápios "de uma organização criminosa". O comunicado veio com fotos de uma suspeita, usando calça jeans e blusa com estampa de tigre enquanto caminha pelos corredores. O hospital avaliou o potencial estético da gangue: classificou-os como "bem-vestidos e "de relativa boa aparência".

O maior complexo hospitalar da cidade, por onde passam cerca de 40 mil pessoas por dia, diz ter 180 postos de segurança e mais de 700 câmeras de circuito interno espalhadas pelas unidades. "O HC registra boletim de ocorrência sobre todas as denúncias de furtos de equipamentos e orienta as vítimas para que façam o mesmo."

Para o futuro, as Clínicas preveem ampliação da segurança, com fechaduras que só podem ser abertas por digitais ou retinas autorizadas em portas internas e câmeras com rastreamento nas portas principais.

"O tratamento lá é de graça, mas acabou me custando um bom dinheiro", diz o estudante Carlos, que se trata de um câncer e anda sem seu iPhone desde fevereiro.

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JOGA O LUXO NO LIXO

Até o lixo da rua Oscar Freire passa a ter celular. A rua ganhará em abril três lixeiras eletrônicas que mandam SMS ao dono avisando quando estão cheias.

O que demora a acontecer: o cesto de US$ 4.000 (perto de R$ 8.800) usa a luz do sol para amassar os resíduos que jogam nele.

Divulgação
Lixeira tecnológica do mesmo tipo das ques serão instaladas nos Jardins
Lixeira tecnológica do mesmo tipo das ques serão instaladas nos Jardins

Um quarto aparelho ficará na rua Bela Cintra, todas bancadas pela Associação dos Lojistas dos Jardins.

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SIM, NÃO E UM TALVEZ

O nome é Fabiano Augusto, 38, mas você deve conhecer como "Quer pagar quanto?!", seu bordão há sete nos comerciais de uma loja de móveis. Fabiano, que sempre fez teatro, interpreta Ney Matogrosso em peça sobre Rita Lee, em cartaz no teatro do shopping Eldorado, e respondeu com uma palavra a dúvidas sobre sua carreira.

Leticia Moreira/ Folhapress
Fabiano Augusto, o garoto propaganda das Casas Bahia, em sua casa, na Consolação
Fabiano Augusto, o garoto propaganda das Casas Bahia, em sua casa, na Consolação

Teve alguma mudança física para interpretar Ney Matogrosso?
Sim

Treinou dança em casa na frente do espelho?
Sim

Vai ao teatro tanto quanto gostaria?
Não

Tem planos de fazer novela?
Sim

Pensou em parar de fazer comercial?
Sim

Voltou porque o dinheiro é bom?
Talvez

Foi mesmo animador de festa e office boy?
Sim

Já comprou algo no crediário?
Sim

Tem medo da síndrome de Carlos Moreno, que foi garoto-propaganda da Bom Bril por décadas?
Não

Gosta quando berram "Quer pagar quanto?" com você na rua?
Não

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FOTO DE PERFIL

Gabriel Cabral/Folhapress
A atriz Adriana Alves com o novo corte de cabelo
A atriz Adriana Alves com o novo corte de cabelo

É Adriana Alvez a atriz na foto aqui em cima, e não a ganhadora do Oscar Lupita Nyong'o. "Me inspirei nela na hora em que decidi cortar meu cabelo bem curtinho", diz Alves, 37, que planeja uma peça infantil (e não pretende voltar aos apliques tão cedo).

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QUALQUER NÚMERO
3
É o número de vezes que o locutor do teatro Frei Caneca pergunta se os espectadores desligaram seus celulares. Mesmo assim, no domingo 30, "A Última Sessão" foi interrompida por um toque insistente.

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A GELADA ESQUENTA!
Regina Casé, que ficou hospedada no Emiliano enquanto filmava na cidade o longa "Que Horas Ela Volta?", deixou saudade entre os funcionários do hotel da Oscar Freire. "Ela chegou um dia com uma cesta de comidas e cervejas, que tinha ganho, e distribuiu para todo mundo", diz uma faxineira que não quer se identificar (e que tem quatro "selfies" com a apresentadora no celular).

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YO <3 EL BRASIL
A colecionadora de arte Jacqueline Shor, que nasceu no Peru mas se radicou na alameda Franca, decidiu mostrar o quão brasileira é. Bolou uma linha de camisetas com estampas como "100% Brasil" ou um símbolo de paz e amor em verde amarelo. A coleção será vendida no Duty Free Shop do aeroporto de Cumbica durante a Copa, a cerca de US$ 50 cada peça.

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