Concurso de miss drag queen gordinha é cancelado por falta de patrocínio

O Miss Gay Brasil Plus Size, concurso que elegeria a drag queen gordinha mais elegante do país, morreu de fome.

"Não vai mais ter. Por causa da Copa, não conseguimos patrocínio e vou ficar só com o Miss Gay São Paulo", diz Luiz Carlos Santos, 48, que é cabelereiro, maquiador e organiza o Miss Gay SP há seis anos.

Ele tinha concebido o evento para transexuais e travestis para acontecer no dia 28 de janeiro de 2014, no clube Piratininga, em Santa Cecília, com 27 drag queens na competição (uma para cada Estado brasileiro).

Ao encontrar dificuldade de levantar fundos, adiou para o meio do ano. Mas agora joga a toalha. Ao menos em território paulistano. O concurso deve ser promovido no Rio neste ano e, "se tudo der certo, vem para São Paulo a partir do ano que vem", diz Luiz.

Em vez de perguntas como "O que você mudaria no mundo?", a competição teria uma chamada oral sobre a situação da comunidade LGBTT no país. "Feliciano, casamento gay, essas coisas", diz Luiz. "Precisamos saber o que está acontecendo ao redor, até porque a gente sofre."

O concurso também penou para encontrar madrinhas. As atrizes cheias de corpo Cacau Protásio (a Zezé, de "Avenida Brasil") e Fabiana Karla (a enfermeira Perséfone de "Amor à Vida") foram convidadas para amadrinhar a iniciativa. Não responderam.

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