Numerologia tenta explicar catástrofes brasileiras em Copas a cada 32 anos

As três derrotas mais marcantes da história da seleção brasileira em Copas do Mundo ocorreram com intervalos de 32 anos: Maracanazo (1950; Brasil 1 X 2 Uruguai), Tragédia do Sarriá (1982; Brasil 2 X 3 Itália) e Massacre do Mineirão (2014; Brasil 1 X 7 Alemanha).

Teria o número 32 alguma influência obscura? A sãopaulo foi atrás de numerólogos para sanar a dúvida.

Editoria de Arte

"A numerologia afirma que as coisas são cíclicas e que os números se repetem, pois trazem algum recado. Eu morei em um apartamento com esse número [32] e isso causou uma grande mudança em minha vida", conta o numerólogo Shimónn Kressler, 45.

Na hora de interpretar, porém, são usados algarismos de 1 a 9. Para isso, números com mais dígitos são transformados em somas. Ou seja, o 32 vira 3 + 2, que é igual a 5.

"O cinco é o mais intenso número do esporte e também está presente na posição mais forte do mapa numerológico do Brasil. Na polaridade positiva, traz conquista e evolução. Na polaridade negativa, pode produzir um desiquilíbrio", diz Roberto Machado, 58, presidente da Abran (Associação Brasileira de Numerologia).

A também numeróloga Aparecida Liberato, 59, dá sequência. Ela afirma que existem números que não levam ao sucesso por trazerem "lentidão ou obstáculo" (caso do quatro), ou por ser número de "encerramento" (como o nove). "Já o cinco traz acontecimentos inesperados", afirma. Segundo ela, em 1950 o Brasil vivia uma energia número quatro.

"De 1950 a 1982, passou para a energia nove, que dificulta a prosperidade para o futuro. Em 2014, o Brasil estava com energia cinco, em que os acontecimentos podem sair do controle e tudo pode acontecer de última hora."

Ela cita a contusão de Neymar, que o tirou da competição. "Provocou instabilidade na seleção e no torcedor. Há destruição, e nada consegue trazer estabilidade novamente. Isso dificulta a vitória", continua.

Para o futuro, ela desanima: caso o Brasil se classifique para o Mundial de 2018, estará novamente sob a energia nove —ruim, lembra? Já as Copas de 2026 e de 2030 podem ser propícias em razão de o país estar sob as energias oito e três, respectivamente. "O número oito traz grande espírito competitivo, confiança e poder. A energia três traz sucesso e sorte", conclui.

Em outro campo, a astróloga da Folha Barbara Abramo destaca: "a constante desses três jogos é Marte transitando no signo de Libra, e Vênus em Gêmeos. Para o Brasil, parecem ser sinais de derrota inequívoca", analisa.

Aos zicadores de argentinos, a numerologia pode trazer uma boa notícia neste domingo (13). Kressler aponta que os tetracampeonatos das seleções do Brasil e da Itália foram conquistados passados 24 anos do tricampeonato (1970-1994; 1982-2006, respectivamente).

Isso significa que, se depender da calculadora, já vale ir temperando o chucrute. A Alemanha foi tricampeã em 1990: 24 anos atrás.

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