Ignácio de Loyola Brandão ganha mostra em biblioteca de São Paulo

Publicado em 1974, o romance "Zero", de Ignácio de Loyola Brandão, foi retirado de circulação dois anos depois, sob a justificativa de ser "atentório à moral e aos bons costumes". E é o mesmo romance que hoje embasa a exposição "Zero: 40 Anos - A Aventura Libertária de Ignácio de Loyola Brandão", em cartaz na Biblioteca Mário de Andrade.

A mostra traz 28 painéis, distribuídos em sete estruturas expositoras, que imitam livros de dois metros de altura. Cada livro representa uma obra de Loyola: "Zero", "Bebel que a Cidade Comeu", "Não Verás País Nenhum", "O Verde Violentou o Muro", "Veia Bailarina", "O Menino que Vendia Palavras" e, por fim, "O Mel de Ocara".

Divulgação
Ignácio de Loyola Brandão nos anos 1950, em Araraquara (SP)
Ignácio de Loyola Brandão nos anos 1950, em Araraquara (SP)

As obras gigantes contam a trajetória profissional e literária do autor, bem como memórias de sua família e do começo de sua carreira, em Araraquara (270 km de São Paulo). Também relatam o contexto em que cada romance foi escrito -como o caso de "Veia Bailarina", que se inicia no dia em que Loyola descobre que tem um aneurisma.

O despertar do interesse pelos livros, quando ainda era criança, também é registrado em um painel da exposição: "Todos os dias eu via meu pai lendo. Um dia perguntei: é tão bom assim ler? Ele respondeu: essa é minha forma de viajar".

Biblioteca Mário de Andrade – salão expositivo – r. da Consolação, 94, Consolação, região central, São Paulo, SP, tel. 3775-0002. Seg. a sex.: 10h às 19h30. Sáb.: 10h às 17h. Até 1º/11. GRÁTIS

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