Espetáculo mistura teatro, dança, percussão corporal e termos tupis

Você já reparou que muitas palavras usadas no português são originárias da língua tupi? Então, fique atento: o espetáculo "Tupiliques", programado para entrar em cartaz neste sábado (25) no Sesc Belenzinho, traz alguns destes termos.

Encenada pela Cia. Repentistas do Corpo, a peça infantil faz referência ao livro "Tupiliques - Heranças Indígenas no Português do Brasil", de César Obeid. E é, na verdade, uma mistura de dança, teatro, música e percussão corporal.

No palco, quatro artistas se revezam em coreografias híbridas. Há passos de jazz contemporâneo, de sapateado e até uma coreografia de catira -dança típica do interior de Goiás, marcada pela batida dos pés e das mãos dos participantes.

Em uma das passagens, os artistas chamam os pequenos para participar das coreografias. Em outra, o teatro surge com evidência: aparecem três amigos caipiras, que conversam à beira de um riacho.

Nessa cena, eles explicam o que são os limeriques -um tipo de poesia criada na Inglaterra, que geralmente apresenta situações absurdas em cinco versos; o primeiro deve rimar com o segundo, o terceiro com o quarto, e o quinto com o primeiro.

São os limeriques, por sinal, que conduzem boa parte dos diálogos. Na encenação, eles se transformam em "tupiliques" ao serem rimados com palavras tupis, como tapioca, pipoca, maritaca e sucuri.

O espetáculo é o primeiro projeto infantil da Repentistas do Corpo, que já soma 13 anos de carreira. "Percebemos que a percussão corporal atingia as crianças. E aí resolvemos criar uma apresentação específica para elas", explica Sérgio Rocha, diretor-geral da companhia.

A trilha sonora da peça mescla sons corporais e de animais, que o grupo faz com a ajuda de apitos de madeira. E, com tantas misturas, "Tupiliques" propõe à criançada um novo olhar sobre a cultura brasileira.

Informe-se sobre o espetáculo

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