Interessados em conhecer um retrato do cotidiano vivido no antigo complexo penitenciário do Carandiru, que funcionou na zona norte –onde hoje fica o parque da Juventude–, podem participar da visita guiada à exposição "Sobrevivências/Uma Exposição Sobre Vivências: Carandiru", em cartaz no Museu da Casa Brasileira (zona oeste).
A curadora Maureen Bisilliat acompanhará o público em uma caravana pela mostra a ser realizada a partir das 19h do dia 21/1. As inscrições são gratuitas, e podem ser feitas pelos contatos (11) 3026-3913 ou agendamento@mcb.org.br.
"Sobrevivências" reúne imagens, itens e outros registros de soluções encontradas pelos detentos para as condições de vida enfrentadas no presídio.
Na visita com Maureen, que desenvolveu projetos no Carandiru desde a década de 1980 até seu fechamento, em 2002, serão revelados detalhes sobre os conteúdos da exposição e o processo de documentação realizados na casa de detenção.
A iconografia utilizada na mostra foi produzida pela equipe coordenada por Sophia Bisilliat e André Caramante entre 2001 e 2002. Foram coletadas peças, ferramentas, utensílios de fornos, filtros, facas e outros itens improvisados pelos prisioneiros. Também há fotografias de portas de celas feitas por Andreas Heiniger.
A exposição é dividida em módulos temáticos: limpeza, comida, esporte, religião, celas, saúde, silêncio, solidão, capítulos que ganham vida por meio das palavras de Drauzio Varella, que trabalhou na casa de detenção por 13 anos e publicou o livro "Estação Carandiru" (1999).
"Sobrevivências/Uma Exposição Sobre Vivências: Carandiru" fica montada até 15/3.