Exposição retrata a saudade sob os olhares de 36 fotógrafos; veja fotos

O que é a saudade? Que forma ela assume, como pode ser explicada? Um sentimento pode ser materializado?

Um passeio pela mostra "A Arte da Lembrança - A Saudade na Fotografia Brasileira", em cartaz no Itaú Cultural, joga luz a essas questões. Mas não espere uma resposta evidente: cada imagem exposta nos dois andares do centro cultural —primeiro e subsolo— é passível de interpretações.

"Essa exposição é como um livro aberto e tem proposta absolutamente poética", define Diógenes Moura, o curador do evento e ex-curador de fotografia da Pinacoteca do Estado. "Cada imagem tem algo de nós que está ausente, algo de nós que nos falta, que nos completa", avalia.

São cerca de 115 imagens registradas por 36 fotógrafos brasileiros, ou que desenvolveram seus trabalhos no país, além de duas videoinstalações. Entre os participantes, há nomes como Voltaire Fraga, José Oiticica Filho (pai do célebre Hélio) e Gilvan Barreto.

São registros datados desde os anos 1930 até os dias atuais e que remetem a diversas recordações: a noiva que idealiza seu amor, o zepelim que recorda o luxo e o nazismo, as flores que encobrem o corpo na hora do enterro.

A morte, por sinal, tem presença forte. Reserve alguns minutos para a série "Livrai-nos de Todo o Mal", em que o fotojornalista Wagner Almeida registra jovens assassinados no Pará.

Informe-se sobre a exposição

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