Inaugurada neste sábado (16) na Caixa Cultural, a exposição "Farnese de Andrade - Arqueologia Existencial" apresenta um conjunto de objetos e de "assemblages" —obras realizadas com retalhos, pedaços de madeira e com objetos descartados— do mineiro Farnese de Andrade (1926-1996).
A seleção reúne cerca de 50 trabalhos pertencentes a coleções particulares e de herdeiros do artista, com foco na sua produção entre os anos 1970 e 1990.
Estão expostas peças produzidas com itens recolhidos em praias e aterros —e, por isso, corroídos pelo mar—, como cabeças e corpos de bonecas, santos de gesso e objetos plásticos.
Redomas de vidro, armários, caixas e oratórios adquiridos em lojas de materiais usados e em depósitos de demolição também são vistos em suas peças.
Para Marcus de Lontra Costa, curador da individual, a ideia é apresentar Farnese em todas as suas peculiaridades. "Procuramos trabalhar o artista dentro de quatro instâncias: razão e loucura, religião, sexualidade e arte. E mostrar como ele consegue ser ora submisso, ora revolucionário", explica Costa.
Pça. da Sé, 111, Sé, região central, tel. 3321-4400. Ter. a dom.: 9h às 19h. Abertura 17/5. Até 12/7. Livre. GRÁTIS