'Achei que ia morrer', diz cantora Sharon Jones sobre câncer no pâncreas

Sharon Jones,59, está agitada. Pelo telefone, pergunto se ela está bem. "Eu estava de férias. Acordei às 4h da manhã para pegar um voo que atrasou horas. Teve uma turbulência forte. Foi uma loucura, mas agora está tudo ok", dispara a cantora americana de soul com sotaque carregado de Augusta, Geórgia, sul dos Estados Unidos.

Ela acabava de pisar em Nova York, onde mora, e falou com a sãopaulo enquanto estava em trânsito, respondia questões de um assessor e dava direções ao motorista, tudo com boa vontade.

Com dois shows marcados para esta semana com a sua banda The Dap-Kings, um na terça (26), no Bourbon Street Music Club, e outro na quinta (28), no HSBC Brasil, a artista decidiu que queria viver de cantar aos 8.
Ouviu muitos "nãos" até alcançar o posto de diva e ter um álbum, "Give the People What They Want" (2014), indicado ao Grammy de melhor disco de R&B, em 2015.

Uma negativa, da Sony, ficou famosa. Segundo um produtor, ela era muito negra, muito gorda, muito baixa e muito velha para o ramo. Com isso no passado, Jones, que cantou em igrejas e foi agente penitenciária —quando chegou a pensar em desistir da vida artística—, prefere acreditar que a carreira dela aconteceu quando era para ser.

O momento mais difícil nem foi esse. E, sim, ser diagnosticada com câncer no pâncreas, em 2013. "Fiquei um tempo sem poder fazer shows e achei que ia morrer porque [o ator] Patrick Swayze tinha acabado de morrer disso", lembra. "Estou feliz de estar bem e poder cantar no Brasil. O melhor está por vir", finaliza, saindo do carro.

Bourbon Street Music Club. R. dos Chanés, 127, Indianópolis, tel. 5095-6100. Ter. (26): 22h. 18 anos. Couv. art.: R$ 195 (2º lote). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br.

HSBC Brasil. R. Bragança Paulista, 1.281, Santo Amaro, tel. 4003-1212. Qui. (28): 22h. 14 anos. Ingr.: R$ 190 a R$ 380 (meia: R$ 95 a R$ 190). Ingr. p/ ingressorapido.com.br.

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