Pais fazem festas para comemorar cada ciclo mensal de seus bebês

Haja pique. Neste domingo (12), Antonio sopra as velinhas de seu primeiro ano de vida, mas o menino já passou por rituais semelhantes outras vezes, celebrando seu "mesversário". A saber: trata-se da comemoração, mês a mês, do nascimento do bebê até ele completar o primeiro aninho.

A doceira Isabella Suplicy, no mercado desde 1996, conta que grande parte de suas clientes paulistanas comemoram os "mesversários" de seus rebentos. Para essas celebrações, ela costuma fazer bolos pequenos, que servem de dez a 15 pessoas. "Não é bem uma festa, é apenas para pais, avós, madrinha", explica.

Mãe de Antonio, Lu Tranchesi, 26, diz que cada mês é um "marco, uma evolução e um bebê diferente".

"Eles crescem tão rápido!", derrete-se a empresária, que posta em seu Instagram as imagens das festinhas. "Acho legal ter fotos do Antonio crescendo. Fora que é mais um motivo para estar todo mundo junto."

Lu conta que, a cada mês, o bolo é enfeitado com um animal diferente: urso, zebra, leão, tigre, macaco, elefante... "No aniversário de um ano, vou fazer a decoração da selva e juntar todos os bichos."

Outra que comemora o "mesversário" do filho desde que ele nasceu é a paisagista Amanda Mendes, 33. Mãe de Lorenzo, de cinco meses, ela costuma adquirir enfeites para decorar as festinhas em viagens aos EUA. Em São Paulo, compra um bolo e chama os avós, tios e primos do pequeno.

Já houve mês em que só ela e Lorenzo participaram. "Meu marido é piloto e viaja muito. Quando o bebê completou cinco meses, fiz uma decoração que incluía um bonequinho que representava o papai, para que ele também fizesse parte da festa", diz Amanda, que prefere festejar sem "ostentação". "Não queremos que o 'mesversário' seja um evento, mas a comemoração de mais um mês de muito amor e saúde do nosso filho."

Segundo Isabella Suplicy, os bolos favoritos para o "mesversário" são pão de ló com doce de leite e chocolate com brigadeiro. Cada unidade, para dez pessoas, custa a partir de R$ 300.

Doce para criança, no entanto, só após os dois anos, alerta a nutricionista infantil Karine Durães. "Ainda assim, desde que o açúcar componha menos de 5% do valor calórico total da dieta."

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