Casa do Mancha comemora oito anos com festival de música independente

Um computador, uma mesa de som, um amplificador, uma bateria e um microfone formavam o pequeno estúdio que o músico e produtor Mancha Leonel montou, em 2006, na sala de sua casa, em uma ruela da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.

Ali, o morador costumava receber amigos para fazer (e falar de) música. Em 2007, o espaço abriu pela primeira vez ao público para o show da banda Polara e surgiu a Casa do Mancha. Desde então, foi se transformando em um espaço para criação sonora e circulação de artistas independentes.

"A casa é um híbrido de possibilidades de produções, sempre tendo a música como eixo. É um laboratório", afirma Mancha, 35, que produz no próximo domingo (4) o Fora da Casinha, um festival em comemoração aos oito anos do local.

O evento reunirá no Centro Cultural Rio Verde, a menos de um quilômetro da casa homenageada, dez shows de artistas que fizeram parte da trajetória do espaço, como O Terno, Boogarins, Holger e Supercordas.

"Sinto que a Casa do Mancha é um lugar onde podem nascer projetos. A gente sente mais liberdade nessas casas [como Puxadinho da Praça e Casa de Francisca]", conta Tim Bernardes, d'O Terno.

"A casinha está sempre com os dias contados por conta do interesse do mercado imobiliário, por não dar a grana que tinha que dar", diz Mancha. "Mas acho que cumprimos um papel de alicerce para os artistas que serão relevantes daqui a 30 anos."

FESTIVAL FORA DA CASINHA

Line-up
Discotecagem Trabalho Sujo 16h
Maurício Pereira (Coreto) 17h
Stela Campos (Sala Lago) 17h40
O Terno (Coreto) 18h20
The Soundscapes (Teatro) 19h
Twinpine(s) (Sala Lago) 19h30
Holger (Teatro) 20h
Carne Doce (Sala Lago) 20h30
Supercordas (Teatro) 21h
Gui Amabis (Sala Lago) 21h30
Boogarins (Teatro) 22h

Centro Cultural Rio Verde. R. Belmiro Braga, 119, Pinheiros, região oeste, tel. 3796-7981. 600 pessoas. Dom. (4): 16h. 18 anos. Ingr.: R$ 60. Estac. (R$ 25 - convênio). Ingr. p/ gorockbee.com.

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