Estabelecimentos que estão no bairro há décadas testemunharam diversas mudanças na região e também entram na transformação. "Meu pai presenciou a construção do Minhocão", lembra Lilian Sallum, do Esquina Grill do Fuad, que leva o nome de seu pai e foi aberto por ele em 1966. "De dois anos para cá, passamos a receber público de várias regiões da cidade. Antes, havia mais moradores daqui", conta Lilian.
O local foi reformado em 2013, após a morte do fundador. Lilian e a mãe, Maria, planejam uma festa para marcar os 50 anos do espaço, no ano que vem.
Outro local que passou por renovação foi o Ugue's, aberto em 1968 e que neste ano trocou de endereço na rua Marquês de Itu. O novo espaço, agora mais arejado, segue servindo pratos feitos no almoço e coxinhas fritas na hora e lanches ao longo do dia.
Entre os comerciantes, a principal queixa é sobre falta de luz nas ruas. "A iluminação aqui é diferente porque eu coloquei. Se ficar esperando, nada acontece", afirma Lílian Gonçalves, da rede Biroska, que possui bares com karaokê, restaurantes e outros negócios na rua Canuto do Val.
Já os moradores antigos questionam problemas nas calçadas e alguns relatam sensação de insegurança. "Com o passar dos anos a região ficou mais insegura, por causa da cracolândia, durante a noite", avalia Leonor dos Santos, 65, aposentada.
"Nunca tive problema com segurança. Volta e meia aparece um morador de rua pedindo, mas nunca fui roubada", diz Alaíde Andrade, 46, lojista.
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