O bar Cão Véio, localizado em Pinheiros, acaba de lançar uma carta de cachaças. Com doze rótulos, ela reúne opções de vários Estados brasileiros —incluindo produtos que são novidade no mercado.
O criador da seleção, Milton Lima, é especialista na bebida e proprietário da Cachaçaria Macaúva, em Analândia - SP. Na conversa com a sãopaulo, ele explica como diferenciar pinga de cachaça. Confira:
| Maurício Motta/Divulgação | ||
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| Milton Lima, especialista em cachaças |
sãopaulo - O que você leva em conta quando vai criar uma carta de cachaças?
Milton - Mostrar a diversidade. Em toda seleção que eu faço, procuro colocar exemplares de Minas Gerais, do Sul, do Nordeste, do Espírito Santo. E tem a questão das madeiras -o Brasil tem mais de 30 tipos delas que podem envelhecer uma cachaça e que fogem dos padrões do carvalho europeu. Meu objetivo é fazer cartas enxutas, mas que captem o prazer dos aromas e da história da bebida.
Quais rótulos você destacaria na carta criada para o bar?
Tem três que chamam a atenção por serem novos no mercado, simples e de qualidade. Um é a Sebastiana, fabricada em Ibaté, São Paulo, e envelhecida em barris de castanheira. Outro é a Patrimônio, envelhecida em bálsamo, de Pirassununga —berço das grandes indústrias de cachaça. Por último, a Huanna, de Guaraciama, em Minas. Uma cachaça boa e com preço justo.
Qual a diferença entre a pinga e a cachaça?
Para ser cachaça, existem três princípios regidos por lei. O primeiro é que ela tem que ser fabricada no Brasil. O segundo é que tem que ser feita de cana-de-açúcar. E o terceiro é ter entre 38% e 48% de teor alcoólico. Se tiver 49%, você pode chamar de pinga, de aguardente... Mas não de cachaça.
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CÃO VÉIO
O chef Henrique Fogaça, o promoter Kichi e Badauí, do CPM 22, comandam o local. Sanduíches e 45 rótulos de cervejas artesanais estão no cardápio.
R. João Moura, 871, Pinheiros, tel. 4371-7433. Seg. a qui.: 18h à 0h30. Sex.: 18h à 1h. Sáb.: 13h à 1h. Preço: R$ 15 (long neck Fogaça Pale Ale - 300 ml).