Em peça avaliada como ótima, homem entra em crise e vive situação absurda

A filha do ator Hugo Possolo estava voltando de Londres, certa vez, quando ele ficou sabendo que um amigo dela tinha tentado o suicídio.

Essa notícia chocante aliada à preocupação com o estado emocional da garota, à época com 20 anos, serviram de inspiração para "Até que Deus É um Ventilador de Teto", no Espaço Parlapatões até 26/3.

Na peça, Possolo, o autor da trama, interpreta um jornalista de 50 anos que topa sempre com um morador de rua no trajeto para casa e imagina que talvez ele possa ser Deus, decidido a descer à Terra para observar a vida dos homens.

Lenise Pinheiro/Folhapress
Hugo Possolo (sentado) e Raul Barreto em cena de "Até que Deus É um Ventilador de Teto"
Hugo Possolo (sentado) e Raul Barreto em cena de "Até que Deus É um Ventilador de Teto"

Em meio a divagações e reflexões sobre os conflitos diários no trabalho e na família, o personagem tem que lidar com o caso de seu filho, que está viajando e precisa receber a notícia do suicídio de seu amigo. Tudo se complica quando, a caminho do aeroporto, esse tal "Deus", vivido por Raul Barretto, se revela desbocado e envolve o homem em uma situação absurda.

O espetáculo, avaliado como ótimo pela crítica da Folha, tem direção de Pedro Granato, que deixa em evidência o sentimento de sufocamento do protagonista, envolto em suas prisões cotidianas —condição comum hoje em dia. As sessões são aos sábados, às 22h, com ingressos a R$ 40.

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