Um programa para cada dia da semana para fãs de discos de vinil em SP

DOMINGO

A Jamaica é aqui | A Fatiado Discos gaba-se de um fornecedor jamaicano responsável pelo intercâmbio de pedradas do seu acervo de reggae. Na loja, compactos dos anos 1970 de selos especializados como Pama e Bullet são vendidos a R$ 70. A afinidade com o ritmo é tanta que a casa é, inclusive, cenário de uma festa semanal permanente, a Reggae'n Crash. Antecipada de quarta para domingo (10) nesta semana, a edição recebe o inglês Mass Centi. Ele rima em cima de bases jamaicanas a partir das 14h. Tudo em vinil, claro.

Fatiado Discos - av. Prof. Alfonso Bovero, 382, Sumaré, tel. 2893-7820. Ter. a sex.: 14h30 às 22h30. Sáb. e dom. das 14h às 22h. Reggae'n Crash, dom. (10): 14h. Grátis

Fernanda Frazao/Folhapress
Fatiados Discos
Prateleiras da Fatiados Discos, em Perdizes

SEGUNDA

Sem braile | Carismático, Celso Marcílio fez de sua loja Celsom uma pepita do centrão. Ex-dono de sebo, ele migrou para o ramo dos vinis após perder a visão. "É mais fácil de administrar porque só preciso ouvir", diz. Para driblar fornecedores mal-intencionados —já comprou um lote de discos com defeito, mas percebeu a tempo de sustar o cheque—, Celso tem ajuda de uma equipe fiel. São seus clientes, DJs americanos e europeus, atraídos por sua vasta coleção de MPB. De olho no Record Store Day (dia mundial das lojas de disco), a partir de segunda (11) a loja vende uma seleção de cerca de mil LPs de Tina Turner, Chico Buarque e Pink Floyd pela metade do preço

Galeria Boulevard. R. 24 de Maio, 188, República, 1º andar - loja 118. Tel: 3337-5631. Seg. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 10h às 16h. GRÁTIS

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TERÇA

Quadradinhos | Mix de selo e loja especializada, a casa Brasilis tem bolachas novas e originais de época. "Tudo Foi Feito Pelo Sol" (1974), d'Os Mutantes, por exemplo, custa R$ 200. Às quartas, o espaço também é sede da festa Beat Brasilis, de beatmakers. No sábado (16), Record Store Day (dia mundial das lojas de discos), o espaço oferece a gravação ao vivo de conteúdo autoral com até cinco minutos de duração em disquinhos quadrados —aposta da Vinyl Lab. Custa R$ 50. "É só levar o som num pendrive. Pá-pum. Às vezes, a molecada quer gravar uma rima ou até um poema. Normalmente é difícil", diz Bruno Borges, um dos donos da casa Brasilis

Casa Brasilis. Rua Amália de Noronha, 256, Pinheiros. Tel.: 2825-9705. Ter.: 18h às 22h. Qua. a sáb.: 14h às 22h.

Petala Lopes/ Folhapress
Sao Paulo, SP, Brasil. Arthur Joly e Bruno Borges sao os criadores da Vinyl Lab, uma empresa que faz vinis de maneira praticamente artesanal no Brasil. Fotos feitas no est˙dio de musica de Arthur, eles tem tres maquinas importadas que fazem tres tipos de produtos. As principais so uma alema de 1950 que faz a matriz de discos (dubplates) e uma que eles adaptaram para fazer discos pequenos no formato quadrado com apenas uma ou duas m˙sicas. Na foto, eles mostram os vinis lo fi. (Foto: Petala Lopes/ Folhapress, REVISTA)
Arthut Joly e Bruno Borges são criadores da Vinyl Lab, que faz vinis quadrados

QUARTA

Contação de "digging" | Uma ameaça de explosivos em um voo obrigou rapper Kamau a despachar 60 vinis sem case. "Vim rezando para não quebrarem", conta. "Mas aí, você vê como são as coisas... Todos chegaram inteiros. O único que quebrou foi um do De La Soul que o [DJ] Nyack pegou e deixou cair (risos). Depois ele me deu outro". Esse e outros causos serão narrados por ele e por outros colecionadores em um bate-papo na Red Bull Station sobre "digging" (busca por discos raros). A mediação é do músico Thiago França

Red Bull Station. Praça da Bandeira, 137, Centro. Tel.: 3107-5065. Qua.: 20h às 22h. Sujeito à lotação. GRÁTIS

QUINTA

Bat-conserto | Cabeludo, cheio de tatuagens e sempre de preto, Carlos Mattos virou Caverna para os chegados. Em sua Caverna Rock Discos, na Santa Ifigênia, ele vende discos raros ("Tim Maia Racional, Vol. 2" custa R$ 950). Mas sua especialidade é montar toca-discos customizados para tocarem determinados tipos de som, como o jazz, enquanto o cliente toma um "uiscão". Para ele, o segredo de uma boa vitrola está nos amplificadores. "O toca-discos é os lábios e caixa acústica o pulmão", explica.

Caverna Rock Discos. R. das Andradas, 375, sala 12, 1º andar. Tel.: 3338-1160. Seg. a sex.: 9h às 17h30. Sáb.: 9h às 15h.

SEXTA

Progressivo | Quanto mais discos comprar, mais desconto o cliente terá na Sensorial Discos na sexta (15) e no sábado (16). O desconto progressivo do de 5 a 20 % vale até para lançamentos como "Black Star", de David Bowie (R$ 215). Para não perder o costume, o bar-balada-casa-de-shows tem apresentações previstas na agenda: Karina Kau, na sexta (15), e Jair Naves, no sábado (16) —ambos começam às 20h30

Sensorial Discos. R. Augusta, 2.389, Cerqueira César. Tel. 3333-1914. Seg. e ter.: 11h às 20h30. Qua. a sáb.: 11h às 24h. Shows a partir das 20h30. Couv. art.: R$ 10 e R$ 12.

Renan Viana/Folhapress/Renan Viana/Folhapress
Sensorial Discos, na rua Augusta
Sensorial Discos, na rua Augusta

SÁBADO

Festa indie | Festejado no exterior desde 2007, o Record Store Day chega à quinta edição nacional, novamente, pelas mãos de Marcio Custodio, organizador desta feira. Dono da Locomotiva Discos, ele trouxe a ideia da gringa, após morar alguns anos em Londres. "A data está crescendo no Brasil. Ao invés de 50, teremos 70 expositores, além de show e lançamento de selo." A dica dele para fazer boas compras é ter paciência e pique para garimpar.

MIS - av. Europa, 158, Jd. Europa. Tel. 2117-4777. Sáb.: 12h às 20h. Elo da Corrente, 16h. GRÁTIS

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