Drama italiano 'Incompreendida' mescla infância e violência

Asia Argento parece ter deixado os tiros de lado para apostar em um filme muito sensível. Como atriz, a italiana participou de obras como a ação "Triplo X" (2002) e o terror "Terra dos Mortos" (2005). Agora, assina a direção de "Incompreendida", estreia desta semana.

A trama acompanha Aria (Giulia Salerno), uma menina de nove anos que tem péssimas relações em casa. O pai é um astro de cinema e a mãe (Charlotte Gainsbourg, de "Ninfomaníaca"), uma musicista. O ego inflado do casal de artistas causa brigas violentas: é comum que Aria presencie agressões físicas entre os pais.

Os adultos se preocupam muito mais com as outras filhas. A primogênita, Lucrezia, é a preferida do pai, enquanto Donatina é mais protegida pela mãe. Sobra, então, Aria, a caçula, que é sempre negligenciada.

Apesar de ser solitária em casa, Aria parece feliz na escola. Lá, tem uma melhor amiga, Angelica —é ela quem faz com que a protagonista tenha uma infância quase normal.

A vida de Aria, contudo, sofre reviravoltas ainda mais desagradáveis. Uma delas é o divórcio dos pais. A menina precisa se dividir entre duas casas, e, quando o pai ou a mãe se cansam dela, podem simplesmente mandá-la embora.

Argento faz com que o espectador se sinta angustiado. É o mesmo sentimento causado pelo filme que a inspirou, "Quando o Amor É Cruel" (1967), de Luigi Comencini -seu título original é "Incompreso", quase homônio da estreia ("Incompresa"), e a trama também mostrava um menino que não era valorizado pelo pai.

A sensibilidade do drama agradou à crítica: "Incompreendida" foi selecionado para a mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes de 2014.

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